O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,1 ponto em fevereiro ante janeiro, alcançando 94,7 pontos, informou nesta quinta-feira, 1º de março, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado interrompe uma sequência de sete altas consecutivas.
“Apesar da estabilidade do ICE em fevereiro, a percepção dos empresários em relação às perspectivas para a economia em 2018 continua favorável e vem se mostrando bastante resistente aos solavancos originados no ambiente político nos últimos meses. Isso facilitará a retomada da tendência de alta da confiança nos próximos meses. De todo modo, um resultado como este nos lembra que a recuperação econômica continua sendo gradual, com passos relativamente curtos para o tamanho da recessão que a precedeu”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em fevereiro, o Índice da Situação Atual (ISA-E) cresceu 0,9 ponto, para 89,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,2 pontos, para 100,3 pontos, o patamar mais elevado desde dezembro de 2013. A confiança avançou na indústria (1,0 ponto) e nos serviços (1,3 ponto), mas recuou na construção. Houve melhora em 47% dos 49 segmentos pesquisados.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.794 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 26 de fevereiro.