Conflitos terrestres e ataques aéreos realizados pela coalização liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes shiitas no Iêmen mataram cerca de 100 pessoas nesta quarta-feira, enquanto as negociações de paz acontecem no país vizinho Omã, disseram autoridades de segurança iemenitas.
O conflito mais intenso começou no amanhecer de hoje nas cidades de Ibb, Áden, Taiz, Marib,
Dhale e a fortaleza dos rebeldes, Saada, matando cerca de 100 pessoas, muitas civis, disseram as autoridades.
Também nesta quarta-feira, um navio de carga do Comitê Internacional da Cruz Vermelha carregou 1.000 toneladas de alimentos e três grandes geradores de Omã para o Iêmen.
Representantes do movimento separatista do sul seguem reunidos com os rebeldes, conhecidos como houthis, na capital de Omã, Muscat.
Uma delegação do partido do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, um aliado-chave dos rebeldes, foi para Moscou para se encontrar com autoridades russas, segundo as autoridades, que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar.
Os conflitos no Iêmen colocam os houthis e tropas aliadas leais a Saleh contra os separatistas do sul, milícias locais e tribais, militantes islâmicos e partidários do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, que se refugiou à Arábia Saudita. Os rebeldes tomaram a capital, Sanaa, em setembro.
Um dia antes, os rebeldes e alguns outros partidos políticos enviaram uma carta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, agradecendo-lhe por seus esforços, apesar de não terem chegado a nenhum acordo nas negociações de paz ocorridas em Genebra na semana passada e exortaram a ONU a intervir para que os ataques aéreos sauditas terminem.
Fonte: Associated Press.
