O membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC de Portugal, Mário Centeno, classificou os conflitos no Oriente Médico como "dramáticos" e que assolam os povos israelense e palestino.
Em discurso na abertura do XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa, ele disse que tais acontecimentos reforçam a necessidade de dar espaço à paz. O evento é uma espécie de prévia para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem ao longo deste semana, em Marrakesh, no Marrocos.
"Estes acontecimentos dramáticos e que assolam os povos israelense e palestino convocam todos, enquanto nos preparamos para os debates a cerca de desafios globais, a necessidade de darmos oportunidade à paz", afirmou Centeno.
<b>Marrocos</b>
No início de seu discurso, o dirigente também dirigiu palavras de solidariedade ao Marrocos, anfitrião das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, e que foi atingido por um terremoto que devastou a região há cerca de um mês. Os debates ocorrem em meio à preocupação com desafios sistêmicos e globais nos últimos anos, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, e são essenciais para encontrar respostas, conforme ele.
Segundo o dirigente do BCE, momentos de crise incitam instituições a inovar, o que também tem acontecido no mercado financeiro em meio aos avanços tecnológicos. Apesar de os bancos centrais serem vistos como órgãos conservadores, também precisam inovar, defendeu.
"Para cumprirem sua missão, os bancos centrais também dependem da capacidade de inovação tecnológica, o que permite a atuação eficaz nos seus mandatos", avaliou Centeno.