O Congresso da Colômbia ratificou, no fim da noite desta quarta-feira (30), o acordo de paz fechado pelo governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O documento recebeu aprovação unânime na Câmara, um dia após ter sido apoiado pela maioria no Senado.
Após eleitores colombianos rejeitarem, em referendo, a proposta inicial do acordo, foram feitas cerca de 50 alterações no texto. O presidente do país, Juan Manuel Santos, disse que não haverá outra consulta popular. “Amanhã começa uma nova era”, celebrou Santos.
O acordo permitirá que membros da guerrilha assumam cargos políticos. Em contrapartida, os rebeldes aceitaram entregar bens, como forma de compensar perdas de vítimas.
A ratificação do acordo de paz passará por um processo de transição por seis meses, período em que os mais de 8 mil guerrilheiros das Farc se concentrarão em áreas rurais e entregarão seus armamentos a monitores das Nações Unidas.
Os rebeldes, entretanto, insistem que só iniciarão a transição quando uma anistia a 2 mil soldados presos seja aprovada pelos congressistas. “O dia D começa quando as primeiras ações forem implementas”, disse um dos líderes das Farc, Pastor Alape.
O debate em torno da anistia aos guerrilheiros presos pode ser um dos primeiros desafios ao acordo de paz, já que o Congresso terá de aprovar uma nova legislação e criar tribunais especiais.