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Conheça as propostas dos candidatos à Presidência que participam de debate hoje

Distintos nos discursos, os candidatos ao Palácio do Planalto mais bem colocados nas pesquisas podem se opor do ponto de vista partidário e ideológico, mas compartilham propostas semelhantes quanto a temas como geração de emprego e distribuição de renda.

Neste sábado, 24, às 18h15, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe dAvila (Novo) e Padre Kelmon (PTB) participam de debate promovido pelo pool formado por Estadão, Rádio Eldorado, SBT, CNN, Terra, Veja e Nova Brasil FM, com transmissão, ao vivo, pelas redes sociais do Estadão. A mediação será do jornalista Carlos Nascimento. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não irá ao evento.

Em geral, há uma preocupação entre os candidatos com a retomada mais acelerada da economia, a partir do retorno de investimentos externos e alta da oferta de crédito. Todos também defendem a ampliação de políticas que incentivem o empreendedorismo e facilitem o crédito (veja a lista completa neste especial).

Conheça as propostas:

<b>Jair Bolsonaro</b>

Candidato à reeleição, o presidente repete em seu plano de governo os princípios que propaga em discursos, como a defesa da liberdade e da vida. Afirma defender ainda a liberdade econômica, religiosa e de expressão e promete trabalhar para gerar empregos por meio de estímulos ao empreendedorismo, mas mantendo o auxílio aos mais pobres.

Um dos compromissos prioritários do governo reeleito será a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023. Ele também promete ampliar a oferta de saneamento básico para a população, buscando metas ousadas que propiciem maior bem-estar e diminuição do índice de doenças. Bolsonaro também defende fortalecer ações no combate ao crime organizado e outras ameaças à segurança e à defesa nacionais, utilizando amplo espectro de tecnologias disponíveis, como drones, inteligência artificial e perícia.

<b>Ciro Gomes</b>

O candidato do PDT disputa neste ano sua quarta eleição presidencial. Ele se opõem ao retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro, e à permanência do presidente Jair Bolsonaro (PL), e aposta em seu plano de desenvolvimento para o Brasil.

Nessa área, sugere regulamentar o imposto sobre grandes fortunas. A alíquota seria progressiva, entre 0,5% e 1%, para os patrimônios superiores a R$ 20 milhões. Também promete financiar, a prazos longos e juros baixíssimos, a dívida de todo mundo que está com o nome no SPC e no Serasa.

Na área social, tem proposta similar aos colegas. Ele promete criar o Programa de Renda Mínima "Eduardo Suplicy", que iria garantir R$ 1 mil em média para as famílias mais pobres do Brasil.

<b>Simone Tebet</b>

A emedebista se compromete, se eleita, a dar total prioridade ao combate das desigualdades sociais a partir da criação de empregos e de programas sociais de distribuição de renda e incentivo à capacitação profissional.

Ela promete reduzir o desemprego, o subemprego e o desalento, incentivar a geração de emprego e renda, com maior formalização e melhor remuneração para os trabalhadores e preservar o poder de compra do salário mínimo, com reajustes anuais baseados pelo menos na inflação. Na área da educação, tem repetido que vai criar a "Poupança Mais Educação", para incentivar os jovens de baixa renda a concluir o Ensino Médio.

<b>Soraya Thronicke</b>

Eleita na onda bolsonarista que marcou a eleição de 2018, a senadora Soraya Thronicke, do União Brasil, substituiu de última hora o presidente do partido, Luciano Bivar, no posto de presidenciável. Em campanha, diz que não se arrepende de ter votado e apoiado o presidente Jair Bolsonaro, mas que, se eleita, mudaria muitas das práticas adotadas por ele, a começar pela realização de uma ampla reforma tributária.

Principal proposta apresentada em sua campanha. Soraya defende propor ao Congresso a reforma do sistema tributário federal e implantar o Imposto Único Federal. Para a Segurança Pública, pretende criar duas delegacias estaduais especializadas no combate à corrupção nos Estados, uma na capital e outra na maior cidade do interior, com estrutura suficiente para realizar o trabalho.

<b>Luiz Felipe dÁvila</b>

Sem experiência na vida pública, o cientista político Luiz Felipe DAvila (Novo) diz que deseja ser presidente para acabar com a polarização política e fazer com que a economia brasileira se adapte à nova era do carbono zero. Em parceria com a iniciativa privada, o candidato também promete reduzir o tamanho do Estado e estabelecer metas para a melhoria dos serviços públicos.

Entre suas propostas, fala em abrir a economia brasileira ao mundo para reduzir o atraso tecnológico da indústria nacional e torná-la mais eficiente e produtiva; promete aprimorar os mecanismos de financiamento da Educação Básica, objetivando o uso eficiente dos recursos públicos disponíveis e propõe promover a articulação das forças de segurança, principalmente fomentando a integração entre os sistemas de inteligência e informação das polícias e dos órgãos de controle internos e externos.

<b>Padre Kelmon</b>

O candidato do PTB Padre Kelmon assumiu o lugar de Roberto Jefferson (PTB) no dia 15 de setembro na disputa presidencial. Kelmon estava na chapa como vice, mas a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura de Jefferson, por ter sido condenado no mensalão e estar em prisão domiciliar por ordem proferida no inquérito das milícias digitais.

Chegando atrasado na disputa, Kelmon segue o plano de governo pré-estabelecido para um possível governo de Jefferson. Com o nome "Direita graças a Deus", o programa defende que "ser de direita é, em primeiro lugar, ser um defensor da liberdade".

O plano funciona como uma lista de itens defendidos pelo PTB. Entre eles, a legenda diz entender que o cidadão tem o direito à legítima defesa, o que significaria ter direito à posse e porte de arma de fogo. Também pede o agravamento da pena pelo crime de pedofilia, a partir de seu enquadramento como crime hediondo, a proibição da legalização, do plantio, cultivo e venda da maconha no país. O documento defende ainda a agropecuária como setor prioritário para o Brasil.

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