Nascida em Franca em 5 de fevereiro de 1947, filha de um tenente reformado do Exército e de uma dona de casa, Regina Blois Duarte começou a carreira televisiva na extinta TV Excelsior. Colega de Rita Lee na faculdade de comunicação da USP, seu primeiro papel em novelas foi em A Deusa Vencida (1965), de Ivani Ribeiro. Ela ganhou destaque na trama interpretando Malu, que é apaixonada pelo personagem de Tarcísio Meira. Quatro anos depois, foi para a TV Globo ser protagonista da novela Véu de Noiva, escrita por Janete Clair.
A atriz participou de tramas que marcaram a história da emissora, como Selva de Pedra (1972) e Carinhoso (1973). Uma das novelas em que atuaria, Despedida de Casado (1977), escrita por Walter George Durst, foi proibida pela Censura e jamais foi ao ar. Em 1971, ela gravou um compacto (disco de 4 músicas) com temas de novela.
Em 1979, Regina atuou em Malu Mulher. O seriado criado por Daniel Filho marcou época ao mostrar uma mulher que se divorcia do marido e busca independência financeira para criar a filha.
Após uma breve passagem pela Rede Manchete, onde atuou no seriado Joana, Regina voltou à Globo para fazer um de seus papéis mais icônicos: a Viúva Porcina de Roque Santeiro (1985). Outra personagem que marcou época foi Raquel Accioli, de Vale Tudo (1988), que vende sanduíches na praia enquanto sua filha e arquirrival, a vilã Maria de Fátima (Glória Pires), investe em um casamento arranjado.
Nas últimas décadas, Regina atuou em várias novelas de Manoel Carlos. A mais marcante delas foi Por Amor (1997), em que atuou ao lado da filha Gabriela Duarte. Mãe e filha interpretaram, respectivamente, Helena e Maria Eduarda. Uma troca de bebês no fim da trama comoveu o Brasil e garantiu a audiência da trama.
A última novela em que Regina atuou foi Tempo de Amar (2017), escrita por Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago.
<b>Política</b>
Na campanha presidencial de 2002, Regina apoiou o candidato José Serra (PSDB). Em um depoimento para o horário eleitoral de Serra, ela disse ter medo do que Lula, que estava na disputa, poderia fazer com o Brasil caso fosse vitorioso. Em 2018, ela se manifestou publicamente a favor da candidatura de Jair Bolsonaro em uma entrevista ao jornal <b>O Estado de S. Paulo</b>. Segundo ela, Bolsonaro tem "humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas, mas que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada".