Desde 1981, quando foi inaugurado em Nova York, o Blue Note se tornou referência entre as melhores casas de jazz do mundo. Apresentações de Dizzy Gillespie, Oscar Peterson, Sarah Vaughan e outros grandes artistas firmaram a aura do lugar, com boa música acompanhada por gastronomia de qualidade.
Já reconhecida, a marca foi se expandindo e, em agosto de 2017, o empresário Luiz Calainho abriu uma filial no Rio de Janeiro, a primeira no Hemisfério Sul. E ele acertou o contrato já prevendo a inauguração de uma unidade na capital paulista.
A espera está acabando. Semana que vem, no dia 15 de fevereiro, o Blue Note São Paulo será aberto no segundo andar do Conjunto Nacional, com vista para a Avenida Paulista.
O Divirta-se (guia tradicional de entretenimento do jornal O Estado de S. Paulo) visitou o espaço, ainda em obras, e constatou que a atmosfera intimista que fez a fama da casa será mantida – mas Calainho e seu sócio Facundo Guerra pretendem inovar, mantendo diálogo permanente com a principal avenida paulistana.
A seguir, confira detalhes e curiosidades sobre o novo espaço, além de destaques de sua programação musical durante os próximos meses.
Números
3,2 milhões de reais foi o valor investido na abertura da filial paulistana do Blue Note.
346 lugares terá a casa. Por regra da matriz americana, nenhuma franquia pode ultrapassar 400 cadeiras.
5 países têm espaços com a marca Blue Note: Brasil, China, Estados Unidos, Itália e Japão.
Por dentro da casa
O contrato com a matriz americana prevê uma série de regras que devem ser seguidas. No fundo do palco, há uma cortina com uma placa identificando o nome do Blue Note e da cidade em questão. Na unidade de São Paulo, será possível ver parte da Avenida Paulista através das vidraças.
A ideia é ter, de quinta-feira a sábado, sempre dois shows por noite, às 20 horas e às 22h30 (não necessariamente do mesmo artista). O mesmo poderá ser feito às terças e quartas-feiras no caso de um grande nome se apresentar lá. Cada ingresso, com possibilidade de meia-entrada, vale apenas para um dos sets.
A partir do segundo mês de funcionamento, aos domingos, haverá brunch e show com a Blue Note Jazz Band, a banda da casa, tocando na varanda para quem passa pela avenida. A partir do terceiro mês, das 12 horas às 15h30, o local passará a servir almoço.
Vocação da Paulista
A inauguração do Blue Note reforça a vocação da Paulista como corredor cultural da cidade. Nos últimos anos, outros três importantes espaços foram abertos na avenida – e vale ficar de olho na programação deles, até para aproveitar antes dos shows.
O primeiro foi a Japan House (nº 52), centro cultural dedicado à cultura japonesa.
Depois, veio a nova sede paulistana do Instituto Moreira Salles (nº 2.424), com exposições de fotografia e sessões de cinema.
E, em abril do ano passado, o esperado Sesc Avenida Paulista (nº 119) passou a funcionar, com shows, mostras, biblioteca, práticas corporais e um belo mirante.
Serviço
Onde: Conjunto Nacional. Av. Paulista, 2.073, 2º andar, metrô Consolação.
Venda de ingressos na bilheteria da casa ou pelo site: www.tudus.com.br