Estadão

Conmebol apoia reeleição de Infantino e reforça luta por Copa na América do Sul

Em meio às articulações para fazer uma Copa do Mundo com Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai como sedes conjuntas em 2030, a Conmebol decidiu apoiar a candidatura de Gianni Infantino à presidência da Fifa. Atual presidente, o suíço-italiano buscará, em eleições marcadas para 16 de março do ano que vem, o terceiro mandato no comando da entidade após ser eleito em 2016 e reeleito em 2019.

"Após uma conversa sobre a realidade e o cenário futuro do futebol sul-americano e mundial, os membros associados da Conmebol deram seu apoio unânime a Gianni Infantino, que está buscando um novo mandato no comando da Fifa", informou a Conmebol em comunicado oficial. Até agora, nenhuma outra candidatura foi lançada para desafiar o atual mandatário.

O apoio declarado deixa para trás os atuais desentendimentos entre a entidade continental e a Fifa. Recentemente, a Conmebol e a Uefa ameaçaram boicote diante da proposta de uma Copa do Mundo a cada dois anos defendida pela gestão de Infantino. A ideia não agradou porque representaria uma perda do valor comercial de competições continentais como a Copa América e a Eurocopa.

Em paz com o comando da Fifa, a Conmebol espera aproveitar a boa relação como forma de emplacar a candidatura quádrupla para sediar a Copa do Mundo daqui a oito anos. A participação do Uruguai como um dos países-sede é a maior aposta de convencimento, já que 2030 será o ano da celebração do centenário do evento, realizado pela primeira vez em 1930, justamente em território uruguaio.

"O que podemos prometer ao mundo, presidente Infantino, é voltar às origens, mostrar onde o futebol nasceu e como o jogo foi jogado", disse Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, em discurso durante a inauguração do centro de alto rendimento de futebol feminino da Associação Paraguaia de Futebol, evento que contou com a presença de Infatino. "A América do Sul está pronta, os quatro países estão prontos para sediar a Copa do Mundo em 2030", completou.

Há, contudo, forte concorrência de outra candidatura coletiva, lançada por Portugal e Espanha, que agregaram a Ucrânia, em guerra com a Rússia, ao projeto. O objetivo, segundo a Federação Portuguesa de Futebol, é "contribuir por meio do poder do futebol com a recuperação de um país em fase de reconstrução".

Após a visita à sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, Gianni Infantino continua na América do Sul. Convidado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o suíço-italiano estará na Neo Química Arena na noite desta quarta-feira para assistir ao primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Flamengo.

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