Esportes

Conmebol e Concacaf anunciam rompimento com empresa que pagou subornos

Tanto a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) quanto das Américas Central e do Norte (Concacaf) emitiram comunicados nesta quarta-feira para anunciar o rompimento de suas relações comerciais com a empresa Datisa, formada pela Traffic, pela Torneos y Competencias (TYC) e pelo Full Play Group. Com isso, ambas as entidades derrubaram uma barreira que atrapalhava a realização da Copa América Centenário no ano que vem, nos Estados Unidos.

Em maio, a Justiça dos Estados Unidos apontou a Datisa como uma das empresas que pagaram propinas milionárias para obter os direitos de transmissão televisiva e de marketing de quatro edições da Copa América, o que incluía a edição Centenária, competitiva aos 100 anos da Conmebol.

Em seu comunicado, a Confederação Sul-Americana explica que a entidade vai assumir os direitos de patrocínio e retransmissão do torneio e que “conjuntamente com a Concacaf e com o operador local do torneio vai identificar novos sócios para comercializar e vender os direitos comerciais do torneio utilizando um processo novo e transparente”.

Em linguagem idêntica, a Concacaf também disse que assume o controle dos seus diretos comerciais para repassá-los a outras empresas. Nenhuma das duas confederações explicou quem são os “operadores locais”, nem deram detalhes do processo.

A Justiça dos EUA denunciou que a Conmebol firmou um contrato em 2013 com a Datisa, empresa recém fundada, para receber US$ 240 milhões pelos direitos de três edições das Copa América: 2015, 2019, 2023. Depois, no ano seguinte, vendeu a Copa América Centenário por SU$ 112,5 milhões.

A Copa América está no centro do escândalo mundial de corrupção no futebol, já que empresas que detinham os direitos para a competição foram pegas pagando subornos a dirigentes de toda a região. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos que recebia propina. Ele está preso na Suíça.

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