Estadão

Conmebol é restituída em R$ 8,6 mi desviados de seus cofres por ex-dirigentes

Nove meses após ser restituída em mais de R$ 260 milhões, a Conmebol acaba de receber outra grande quantia desviada de seus cofres e descoberta por investigação na Suíça. As fraudes e o desvio de dinheiro vinham sendo analisadas pelos europeus desde 2019. Desta vez, o reembolso é de aproximadamente R$ 8,6 milhões recuperados de contas pessoais de Eduardo Delucca, o ex-secretário-geral da instituição.

Delucca e o ex-presidente Nicolás Leoz passam por enorme investigação do Ministério Público da Suíça após desviarem dinheiro da Conmebol por anos. A denúncia foi registrada em 2016, quando Alejandro Domínguez assumiu a presidência da entidade de futebol sediada em Assunção, no Paraguai.

O primeiro lote de devolução aos cofres da entidade do futebol sul-Americano ocorreu no fim de 2020. O dinheiro estava em contas "fantasmas" na Suíça. Desta vez, a apuração encontrou valores desviados na conta de Delucca. A Justiça suíça ordenou a devolução de US$ 1.749.625 da conta pessoal, equivalente a R$ 8,6 milhões.

"Os fundos pertenciam à Confederação Sul-Americana de Futebol e foram desviados ilegalmente. Este valor se soma aos mais de US$ 55.000.000 (cerca de R$ 286 milhões, no câmbio de hoje) que a Conmebol recuperou no ano passado das contas pessoais de ex-líderes da instituição", informou a entidade.

"Dentro da estratégia de Contas Claras – hoje Regras Claras – a recuperação de fundos apropriados de forma irregular tem sido uma ação sustentada desde 2016", seguiu. "O ponto de partida deste processo, que hoje mais uma vez está dando frutos, é a implementação de auditorias, a aplicação de uma estratégia legal eficiente e a plena cooperação com a Justiça da Suíça e dos Estados Unidos."

Para acabar de vez com a corrupção na Conmebol, o presidente Domínguez solicitou e obteve uma extensão do mandato, que prevê todas as ações necessárias para a recuperação os fundos que foram roubados do futebol sul-americano.

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