Cidades

Conseg critica baixo efetivo da Polícia Militar na cidade

Segundo informações extra-oficiais, o município todo conta com, no máximo, dois mil policiais atuantes

Sucessivas trocas de comando, efetivos deficientes e carros fora de circulação por falta de manutenção. Estes são os problemas apontados pelos Conselhos de Segurança (Conseg) de Guarulhos para os problemas de violência na cidade e de organização da Polícia Militar em Guarulhos.

Os presidentes do Conseg Bom Clima, Alberto Valadares, conhecido como Argentino, e do Conseg Vila Galvão, Expedito Lima, apontam um denominador comum para a não concretização de um trabalho eficiente dos conselhos em conjunto com as polícias Militar e Civil, além da Guarda Civil Municipal (GCM): a falta de efetivo.

Segundo informações extra-oficiais obtidas por Argentino, o município todo conta com, no máximo, dois mil policiais atuantes. "Temos quase o mesmo número de 10 anos atrás para uma cidade que cresceu muito demograficamente", diz.

Problemas estruturais como os da 4ª Cia., localizada na região do Conseg Bom Clima e que conta com mais de 90 policiais ocupando um espaço de 80 metros quadrados, também são apontados. "É uma base comunitária financiada pela população na qual os militares precisam esperam um sair para o outro entrar", relata. "São apenas três viaturas para 90 mil habitantes da região, o que desmotiva o policial", completa.

O presidente do Conseg do Bom Clima ainda reclama das poucas rondas militares, muitas delas em manutenção, segundo ele, e da GCM na cidade. "As viaturas circulando dão a sensação de segurança. Temos mais de 500 GCMs e nossas praças estão abandonadas", lamenta.

Vila Galvão – Situação não muito diferente é relatada pelo presidente do Conseg da Vila Galvão. Expedito de Lima explica que é impossível aceitar que uma cidade do porte de Guarulhos tenha menos Distritos Policiais (DP) do que Sorocaba, dez na cidade contra 11 daquele município, que tem população estimada em 600 mil habitantes. "Por outro lado, a PM nos fala para pressionarmos o Governo do Estado para olharem para o município", diz.

Em região considerada alvo de assaltantes por possuir diversos bancos no Centro da Vila Galvão e residências nobres na Vila Rosália, o Conseg local relata dificuldades. "A cidade cresce e o efetivo permanece. É preciso mais ações do Poder Público", solicita Lima

Reuniões ineficazes

O encontro Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que ocorreu nesta terça-feira e reúne as forças de segurança do município, foi muito criticada por Argentino. "O encontro estava marcado para 9h30 e o prefeito chega às 11h. Não é produtiva, falta compromisso para discutir a segurança", dispara. "Eles centralizam o poder entre a GCM e as Polícias Militar e Civil, quando chega nessa reunião, só querem nossa assinatura", finaliza.

O secretário municipal de Segurança Pública, João Dárcio Ribamar Sacchi, discorda da crítica de Argentino. "A integração é muito boa, mas é difícil contentar a todos", rebate. "O que falta é atenção do Governo do Estado à cidade, diferente do que está acontecendo no Rio de Janeiro, com a união de forças do Governo Federal, estadual e municipal", justifica.

PM – O Guarulhos Hoje questionou a PM sobre o efetivo e carros atuantes no município, se há previsão de contratações para aumento do número de policiais militares na cidade, porém até o fechamento desta edição, não houve respostas.

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