A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reconheceu a necessidade de o governo federal em fazer cortes para evitar que o Brasil gaste mais do que arrecada. Segundo ela, porém, a equipe econômica fará uma revisão nos programas sociais baseada na racionalidade e justiça social.
"Não podemos ser coniventes com erros, com fraudes e com má-fé", disse, em participação no programa <i>Bom dia, ministra</i>, da <i>EBC</i>, nesta quinta-feira, 18. Tebet afirmou que o governo está analisando "suspeitas" no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas garantiu que a gestão federal não irá acabar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
"O BPC é uma política sagrada para quem precisa", pontuou. "A gente consegue fazer a questão da revisão de gastos com inteligência, racionalidade, mas com justiça social, sem penalizar quem mais precisa", acrescentou. "Agora, nós precisamos fazer cortes."
A ministra enalteceu que o Brasil cresceu quase 3% no ano passado e ressaltou os índices de emprego. Diante disso, ela pontuou que muitas das pessoas que precisavam do Bolsa Família – especialmente após o impacto da pandemia de covid-19 – não precisam mais.
"Fizemos um filtro e conseguimos economizar R$ 12 bilhões com o Bolsa Família", contou. Segundo ela, uma parte desses recursos foi para outras políticas públicas e ajudou a "resolver o problema do déficit fiscal".