O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, deve assumir a presidência da entidade na próxima terça-feira, 1º de fevereiro. Ele encabeça a única chapa inscrita para disputar as eleições internas. Um dia antes, na segunda-feira, 31, os 81 conselheiros federais devem ratificar o nome do advogado em uma reunião no plenário da OAB Nacional, em Brasília.
"O momento é de união e diálogo. Queremos construir pautas capazes de unir a advocacia. A OAB tem que dialogar com todas as instituições, com todos os Poderes. Minha proposta é uma gestão independente, inclusiva e participativa. Nossa principal missão será olhar para o dia a dia do advogado, que exerce uma profissão essencial ao estado de direito e ao devido processo legal", afirma Simonetti.
Natural de Manaus, Simonetti é advogado criminalista e pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Foi eleito cinco vezes conselheiro federal da OAB pelo Estado e, ao longo dos mandatos, passou pelos cargos de diretor-geral da Escola Nacional da Advocacia, corregedor-geral adjunto, ouvidor-geral do sistema OAB e o atual, de secretário-geral do Conselho Federal.
Uma de suas principais atuações foi pela aprovação do projeto que deu origem à Lei de Abuso de Autoridade.
O advogado tem ascendência no Direito: seu pai, Alberto Simonetti Cabral Filho, foi quatro vezes presidente da seccional da OAB no Amazonas e seu irmão, Alberto Simonetti Cabral Neto, foi conselheiro federal e também presidiu a seccional amazonense.
Beto Simonetti vai substituir Felipe Santa Cruz, que chega ao fim de um mandato combativo contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobretudo pela gestão da pandemia, e agora tem planos para se lançar candidato a governador do Rio de Janeiro.