O conselheiro da Petrobras representante dos acionistas minoritários, Mauro Cunha, disse que os conselheiros da petrolífera tomaram conhecimento do nome do novo presidente da estatal, Aldemir Bendine, pela imprensa, antes de o assunto ser discutido pelo Conselho de Administração. Segundo ele, o acionista controlador, no caso o governo federal, impôs “sua vontade sobre os interesses da Petrobras, ignorando os apelos dos investidores de longo prazo”.
Bendine já era dado como certo pela imprensa desde o início da manhã de hoje, antes mesmo do término da reunião do conselho da Petrobras. O nome de Bendine, assim como o de Ivan Monteiro para o cargo de diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da companhia, foram confirmados apenas no meio da tarde de hoje.
“Eu gostaria de dizer em público as verdades que pus em ata, mas correria o risco de sofrer retaliações, como já sofri no passado”, disse Cunha, que também é presidente da Amec, entidade que reúne investidores minoritários.
Cunha destacou ainda que a decisão pela escolha dos executivos foi por maioria e não por unanimidade, “de onde se pode concluir a posição desde conselheiro”, frisou.