Cidades

Conselho cobrará ações voltadas a portadores de deficiência

Entre as reivindicações constam obras e readequações em calçadas, melhor distribuição de postes e objetos considerados obstáculos para o tráfego de pedestres

Após eleger, nesta semana, entidades e conselheiros, o Conselho Municipal para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD) promete cobrar fortemente a Prefeitura e as secretarias responsáveis por ações em benefício das pessoas com deficiência no município. Entre as reivindicações constam obras e readequações em calçadas, melhor distribuição de postes e objetos considerados obstáculos para o tráfego de pedestres.

O Sindicato dos Químicos (SindiQuímicos), uma das entidades com representante eleito, apresentará propostas de criar um serviço nos moldes do Atende, da prefeitura de São Paulo – uma van que transporta pessoas com deficiência para atendimentos médicos, fisioterapia e atividades públicas de integração.

Segundo o presidente do sindicato, Antônio Silvan, as conversas já foram iniciadas. "Há tempos discutimos isso com a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT), para disponibilizarem este tipo de transporte para atender às necessidades deste público".

Outro ponto abordado por Silvan é a quantidade considerada pequena de ônibus adaptados. De acordo com o último levantamento obtido pelo Guarulhos Hoje, o município conta com 168 ônibus adaptados entre 624 veículos circulantes na cidade. "Um sistema de transportes adequado facilita até na contratação de pessoas com deficiência, mas infelizmente hoje nós recebemos reclamações das dificuldades que este público encontra para se locomover em Guarulhos", relata. "A STT precisa pensar em um plano para melhorar esta situação", completa.

O Conselho ainda deve sugerir a criação de programas de qualificação de mão de obra, pois, segundo Silvan, muitas empresas alegam não contratar pessoas com deficiência por falta de especialização deste público.

Por fim, as calçadas esburacadas e desniveladas também serão alvos do CMAPD. Principalmente àquelas nas quais há postes de serviços públicos e árvores obstruindo ou dificultando a passagem de cadeirantes e/ou pessoas com limitações de movimentação. "Há locais com quatro ou cinco postes de eletricidade, telefonia, de estacionamento, entre outros no mesmo local, o que mostra uma falta de planejamento ou fiscalização do Poder Público. Assim como também no caso de raízes de árvores que estouram o piso, que a Secretaria do Meio Ambiente deve fiscalizar", pontua. "Não é necessário tirar a árvore, mas cuidar para que a situação não chegue a este ponto, assim como os postes, bem distribuídos, não dificultarão a circulação", opina.

Além do Sindiquímicos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Guarulhos) e a Associação pelos Direitos de Pessoa Deficiente (ADPD) também integrarão o órgão. Bem como Maria Luiza Romão, pessoa com deficiência física; Aristides Castelo Hanssen, pessoa com deficiência visual; Barbara Puccio de Paula, pessoa com deficiência auditiva e Jadir Ronaldo do Amaral, pessoa com deficiência múltipla.

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