O Conselho de Ética do Senado está novamente pressionado a abrir um processo de cassação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, após a prisão de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor do parlamentar na quinta-feira, 18.
A Rede Sustentabilidade formalizou uma cobrança ao presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT), para que ele dê andamento à representação feita contra Flávio Bolsonaro em fevereiro. O pedido se relaciona com os motivos que levaram à prisão de Queiroz: acusações de "rachadinha" e lavagem de dinheiro.
No ofício, o porta-voz da Rede, Pedro Ivo Batista, pede a imediata análise da admissibilidade da representação contra Flávio Bolsonaro, que pode resultar da cassação do senador, e a instalação de um processo de afastamento do parlamentar do cargo de 3º secretário da Mesa Diretora do Senado.
A representação contra Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética, feita pela Rede, PSOL e PT, aguarda parecer da Advocacia do Senado desde fevereiro.
Esse documento é necessário para o presidente do colegiado decidir dar andamento ao pedido. Em março, o Senado interrompeu as atividades de comissões em função da pandemia de covid-19.