O Conselho Municipal de Políticas para Mulheres (CMPM) de Guarulhos promove ações para a reflexão sobre o papel de cada indivíduo na sociedade. Em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha (25 de julho), o CMPM idealizou e promoveu na quarta-feira (20) o painel de debates Representatividade Importa – Mulheres que Mudaram a História, para um público de 80 pessoas no auditório da Faculdade São Judas, no Macedo.
Em formato de talk show, a iniciativa contou com a participação da vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, Denise Kogake, da assistente social da Subsecretaria da Igualdade Racial, Greice Oliveira, e da conselheira do CMPM, a psicóloga Celina Santos. A mediação ficou a cargo da também conselheira do CMPM e presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), a pedagoga Luiza Owhoka.
“O dia 25 de julho lembra desafios, mas também nos unifica em prol de uma sociedade justa, humana e digna para todas as mulheres, independente de sua herança ancestral”, disse a presidente do CMPM, Irene Araújo. Ela enfatizou que para valorizar as lutas pela igualdade é urgente que mais mulheres tomem consciência do lugar que ocupam e daqueles que poderiam ocupar nos vários segmentos da sociedade, inclusive e principalmente no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Segundo Irene, é um orgulho promover um evento de suma importância para a cidade de Guarulhos, o qual proporcionou conhecimento e reflexão aos participantes.
Representatividade e visibilidade, de acordo com o Conselho Municipal de Políticas para Mulheres, são conceitos que precisam ser compreendidos para que a sociedade não se conforme com poucas mulheres ocupando espaços de fala em um sistema desigual. Existe a necessidade de mais representantes nas esferas de poder para pautar políticas públicas que mudem as estatísticas de desigualdade, ampliem as oportunidades e demonstrem indignação diante do racismo e do machismo estrutural no país.
O painel apontou ainda que, ao pensar em espaços de poder, constata-se que mulheres não ocupam esses lugares e que as negras estão em número ainda menor. Para criar políticas sobre questões educacionais, de saneamento básico, de habitação, de saúde e salariais da mulher, o ideal seria que elas próprias vocalizassem essas demandas.
O evento contou ainda com atrações culturais como o grupo de capoeira Rosa Baiana e a cantora Céllia Nascimento, que também integra o CMPM.