As conclusões do Conselho Europeu, reunião de chefes de estado e de governo na União Europeia, que terminou nesta sexta-feira, 25, contou com uma série de sugestões para enfrentar a alta nos preços de energia que vem afetando o bloco. O documento sobre o encontro traz medidas econômicas emergenciais, e, dentre as discutidas para amenizar a questão no curto prazo estão o apoio direto aos consumidores por meio de vouchers, auxílios estatais, redução de tributos, teto para os preços máximos, e medidas regulamentares.
Levando em conta a segurança energética, o Conselho Europeu apontou ainda que o reabastecimento do armazenamento de gás em toda a UE deve começar logo. Levando em conta o próximo inverno, o documento aponta necessidade de estabelecer os mecanismos de solidariedade e compensação. Além disso, o bloco espera trabalhar em conjunto na compra comum voluntária de gás, otimizando o peso político e de mercado coletivo da União Europeia e seus Estados-membros para atenuar os preços nas negociações. Ainda no tema, "a UE continuará a coordenar com parceiros internacionais a fim de assegurar o abastecimento adequado e mitigar o aumento dos preços da energia", diz a conclusão.
Nos planos econômicos, o Conselho Europeu destaca a intenção de reduzir as dependências estratégicas nas áreas mais sensíveis, como matérias-primas críticas, semicondutores, saúde, digital e alimentação. Além disso, o bloco espera seguir perseguindo uma política comercial robusta, bem como fomentar o investimento.
O documento lembra a conferência UE-China que será realizada no próximo primeiro de abril, e diz que o Conselho "trocou opiniões sobre as relações com a China no novo contexto global, em particular com a agressão militar russa contra a Ucrânia".
Sobre a guerra, o Conselho Europeu "exige que a Rússia pare imediatamente com sua agressão militar no território da Ucrânia, retire imediata e incondicionalmente todas as forças e equipamento militar da Ucrânia, e respeite plenamente a integridade territorial, soberania e independência dentro de suas fronteiras".