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Considerada a rainha do jeans, herdeira Gloria Vanderbilt morre aos 95 anos

A artista, autora, atriz, estilista, herdeira e socialite norte-americana, Gloria Vanderbilt, morreu nesta segunda-feira, 16, aos 95 anos. Vanderbilt era a trineta do financista Cornelius Vanderbilt e a mãe do jornalista da CNN, Anderson Cooper, que anunciou sua morte por meio de um obituário em primeira pessoa e que foi ao ar na emissora nesta manhã.

A intrépida herdeira, artista e romântica começou sua extraordinária vida como “pobre menina rica” da Grande Depressão, sobreviveu à tragédia familiar e aos casamentos múltiplos e reinou durante os anos 1970 e 1980 como pioneira jeans,

“Gloria Vanderbilt era uma mulher extraordinária, que amava a vida e vivia em seus próprios termos”, disse Cooper em um comunicado. “Ela era uma pintora, escritora e designer, mas também uma notável mãe, esposa e amiga. Ela tinha 95 anos, mas pergunte a alguém próximo a ela, e eles dirão a você, que ela era a pessoa mais jovem que conheciam, a mais simpática e a mais moderna”.

Sua vida foi narrada em manchetes dos jornais, de sua conturbada infância até seus quatro casamentos e três divórcios. Quando pequena, foi alvo de uma batalha judicial por sua custódia e herança entre sua mãe e uma tia paterna, que terminou por criá-la por alguns anos. Gloria se casou pela primeira vez aos 17 anos, fazendo com que sua tia a deserdasse. Seus maridos incluíram Leopold Stokowski, o célebre maestro, e Sidney Lumet, o premiado diretor de cinema e televisão. E em 1988, ela testemunhou o suicídio de um dos seus quatro filhos.

Homenagens online vieram de celebridades e fãs. A atriz e produtora americana Alyssa Milano a chamou de “uma mulher incrível” e uma usuária do Twitter lamentou morte ao lembrar do jeans Vanderbilt que ela usava no colegial escola.

Cooper disse que Vanderbilt morreu em casa, com amigos e familiares ao seu lado. Ela sofria de câncer de estômago em estágio avançado.

Multifacetada

A herdeira era designer de tecidos e se tornou uma das primeiras entusiastas do jeans. A Vanderbilt, de cabelos negros, alta e ultrafina, se associou a Mohan Murjani, que lançou uma campanha publicitária de US$ 1 milhão em 1978, e transformou a marca Gloria Vanderbilt em uma sensação. Em seu auge, em 1980, gerou mais de US$ 200 milhões em vendas. E décadas depois, os jeans continuam sendo o ponto básico do guarda-roupa de uma mulher.

Ela também era uma talentosa pintora e atuou no palco em “The Time of Your Life”, na Broadway em 1955, e na televisão em “Playhouse 90”, “Studio One”, “Kraft Theater” e “US Steel Hour”.

Vanderbilt escreveu vários livros, incluindo a crônica de sua vida amorosa em 2004, onde cita nomes como Errol Flynn, com quem namorou na adolescência, Frank Sinatra, por quem deixou Stokowski, além de Marlon Brando e Howard Hughes. Seu filho Anderson Cooper chegou a comparar o livro de memórias da mãe com a série “Sex and the City”.

Ela alegou que seu único casamento feliz foi com o escritor, roteirista e ator Wyatt Cooper, que terminou com sua morte em 1978, aos 50 anos.

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