O Consulado-Geral do Brasil em Milão, Itália, está em contato com as associações de brasileiros para monitorar o impacto da epidemia do novo coronavírus entre a comunidade brasileira nas áreas afetadas. "O Consulado-Geral do Brasil em Milão continua a acompanhar com atenção os desdobramentos relativos à epidemia do Covid-19 (Coronavírus) no Norte da Itália", diz em nota.
A Itália já registrou ao menos 219 casos de coronavírus e sete mortes, segundo os últimos relatos.
Diante da situação, o governo italiano colocou no domingo, 23, ao menos 11 cidades no norte do país sob quarentena numa tentativa de conter a propagação do vírus.
Em nota publicada nesta segunda-feira, 24, o Consulado-Geral do Brasil em Milão afirmou que recomenda a observação "estrita e o seguimento" das medidas que estão sendo adotadas pelas autoridades italianas.
Ainda no domingo, a representação brasileira no país recomendou aos moradores que evitem deslocamentos não essenciais às regiões atingidas pela epidemia do novo coronavírus, principalmente as províncias de Lodi e Milão.
Ex-deputada do parlamento italiano, a advogada ítalo-brasileira Renata Bueno estava na Itália até a quarta-feira, 19, quando deixou o país para passar a semana no Brasil. "Estava tudo sob controle. Eu estava em Roma nesses dias e não havia nenhum grande alarme. Então, em menos de 48 horas, explodiu", disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Meu marido está em Puglia (região no sul da Itália). Ele estava indo para assistir a um jogo de futebol que foi cancelado", disse.
Renata Bueno diz que o Departamento de Proteção Civil tem atuado para orientar a população e divulgar informações. "Todos os órgãos públicos estão fechados, mas Milão ainda não está isolada porque é muito difícil conseguir fazer isso na cidade", afirmou. "O mais complicado é que não sabem de onde veio (o início da doença no país)", disse.
Apesar do coronavírus, a advogada vai retornar à Itália na sexta-feira, 28, mas disse que vai ficar no sul do país, com o marido.