A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 7,5% em março, informou nesta sexta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado é ligeiramente inferior ao dado de fevereiro, quando estava em 7,6%.
O indicador já acumula um recuo de 3,9 pontos porcentuais desde que atingiu o pico histórico de 11,4% em fevereiro do ano passado.
“Após uma forte queda das expectativas de inflação, o indicador começa a se estabilizar em um novo patamar. O resultado reflete uma redução do ritmo de desaceleração da inflação acumulada em 12 meses e também a diminuição da intensidade do debate sobre o tema, uma vez que o cenário de convergência da inflação à meta tornou-se mais provável”, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em março de 2017, a proporção de consumidores prevendo inflação abaixo de 6,5% subiu para 45% do total. A proporção de consumidores indicando uma inflação abaixo da meta também cresceu, de 7,2% em fevereiro para 11,2% do total de entrevistados em março.
A maior evolução no indicador ocorreu entre as famílias com faixa de renda superior a R$ 9.600,00 mensais, na qual a mediana de expectativa de inflação recuou 0,4 ponto porcentual em março, para 6,0%.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.