O consumo de energia no País recuou 4,2% no primeiro trimestre de 2016 em comparação com o mesmo período do último ano. De acordo com balanço da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo em março somou 39.162 GWH, uma queda de 1,5% em comparação ao mesmo mês do último ano. O principal recuo registrado no consumo de energia se deu no segmento industrial, que teve queda de 7,5% no trimestre. Em 2015, o indicador já havia registrado recuo de 4,1% ante o primeiro trimestre de 2014.
As regiões Sudeste (8,7%) e Nordeste (12,8%) registraram as piores retrações no consumo de energia pelas indústrias no primeiro trimestre. Os segmentos que tiveram a maior depreciação foram Metalurgia (6,9%) e Extração de Minerais Metálicos (19,1%), em função da demanda de aço enfraquecida no mercado internacional.
O consumo residencial também registrou queda no trimestre, de 2,5%. Ao todo, já são quatro trimestres seguidos de baixa no consumo residencial – marca inédita, de acordo com a EPE. “Este resultado é explicado pela deterioração das condições econômicas, principalmente no que se referem ao mercado de trabalho, atrelada ao peso do reajuste tarifário no orçamento das famílias”, informa o balanço.
Em março, entretanto, o consumo nas residências subiu 1,5%, interrompendo uma sequência de recuos mensais no consumo de energia verificado desde maio de 2015. De acordo com o levantamento da EPE, a alta se deu devido às altas temperaturas registradas no mês.
Apenas a região Sul (-1,1%) e a região Sudeste (-0,5%) registraram recuo no consumo mensal. No Centro-Oeste e no Nordeste houve alta de 6,5% e 4,8% no consumo mensal em março, em função do menor volume de chuvas e o clima seco, que contribuiu para elevar o calor das regiões.
No comércio, o recuo no trimestre ficou em 3,1% na comparação com 2015. Novamente, a EPE aponta o “quadro recessivo da economia” como fator que pesou sobre o resultado. Em março, o consumo do segmento teve queda de 1,1%.