O consumo, que já foi considerado o salvador da economia, sobretudo depois da crise de 2008, não dará grande contribuição para a atividade econômica este ano. O Banco Central, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), reafirmou que a demanda agregada tende a se apresentar moderada no horizonte relevante para a política monetária, ou seja pelos próximos dois anos. Essa ponderação constava na ata da reunião anterior, de abril.
Segundo a diretoria do BC, o consumo das famílias tende a se estabilizar, devido a fatores como emprego, renda e crédito em desaceleração. Um contraponto a esse movimento, no entanto, tem vindo do financiamento imobiliário, da concessão de serviços públicos e da ampliação da renda agrícola, que, no entendimento do Copom, tendem a favorecer os investimentos.
A instituição também manteve sua avaliação de que, diante do dólar mais forte frente o real, e de um maior crescimento de importantes parceiros comerciais, as exportações devem ser beneficiadas. O BC reafirmou que suas previsões para esse quadro, entre outros fatores, são importantes para as decisões futuras de política monetária para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% ao fim de 2016.