O Banco Central avalia que, após o impacto negativo gerado pela greve dos caminhoneiros, a atividade econômica voltou à trajetória de recuperação. No parágrafo 11 da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a direção avalia que após o impacto da paralisação ocorrida no final de maio “os indicadores e informações disponíveis apontam para continuidade do processo de recuperação da economia brasileira”.
A retomada da atividade, porém, tem sido em ritmo aquém do esperado inicialmente. No mesmo parágrafo 11, os diretores do BC avaliam que o processo de recuperação ocorre “em ritmo mais gradual que o antecipado no início do ano”.
A mesma ideia é defendida no 1º parágrafo, onde os membros do Comitê dizem que “indicadores recentes da atividade econômica evidenciam recuperação da economia brasileira, em ritmo mais gradual que o vislumbrado no início do ano”.
Diante desse quadro de retomada vagarosa, os diretores do BC ressaltam que a economia segue operando “com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego”.
Por isso, destaca o texto, “diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis apropriados, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”.
Reformas
Na ata da última reunião do Copom antes das eleições presidenciais, os diretores do Banco Central reforçaram a defesa de uma agenda de reformas estruturais para a melhoria das condições econômicas no Brasil.
“Todos os membros do Comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”, cita o documento no parágrafo 26. “O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes.”
Além das reformas, o BC também defendeu outras iniciativas para aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios.
“Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, cita o documento no parágrafo 27.