Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trazer números indicando que o Brasil entrou em recessão técnica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a retração de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e a queda de 0,4% (revisado) no segundo trimestre do ano. Guedes garantiu que o País vai crescer em 2022.
"Dizer que o Brasil não vai crescer é um equívoco. O Brasil vai crescer um pouco menos porque vamos combater a inflação", afirmou o ministro, em palestra no evento de dez anos de concessões aeroportuárias no Brasil. "Hoje saiu o dado de que entramos em recessão técnica, e a Bolsa subiu 3%. Se alguém estivesse levando a sério que o PIB vai cair, a Bolsa não estava subindo" completou.
Ele repetiu que o governo tem R$ 600 bilhões em compromisso de investimentos em infraestrutura para os próximos anos.
"Essa conversa de que o Brasil não vai crescer, é conversa de maluco. O crescimento está contratado. São R$ 600 bilhões de contratos assinados em todos os setores: gás natural, petróleo, saneamento, cabotagem, ferrovias e aeroportos. E vem mais R$ 100 bilhões com o 5G", completou Guedes.
<b>Inflação</b>
Após reconhecer a alta da inflação no Brasil, o ministro da Economia voltou a argumentar que a escalada de preços é um problema global. "O Brasil está condenado a crescer. A pergunta é se vai ter um pouco mais ou um pouco menos de inflação", afirmou. "A inflação brasileira era 4% e chegou a 10%. Nos Estados Unidos era zero e chegou a 6%, subiu como aqui. Vão dizer que foi o (presidente) Bolsonaro que fez a inflação americana subir?", questionou.
Guedes argumentou que houve uma desorganização mundial das cadeias produtivas, enquanto a demanda se manteve com programas sociais de transferência de renda.
"A inflação vai ser dominada, controlada, vai baixar e o Brasil vai voltar a crescer", completou o ministro.