O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou, na última quarta-feira, um estudo, em que 17 dos 20 principais aeroportos brasileiros, ou 85%, estão em situação crítica ou preocupante. Desses, 12 estão funcionando acima da capacidade operacional. Contudo o coordenador de Assuntos Aeroportuários de Guarulhos, Miguel Choueri contesta esse tipo de estudo.
"A teoria nem sempre reflete exatamente a realidade diária vivida no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O estudo demonstra somente a média de ocupação, e esses números evidenciam uma realidade que não é constante. Os dados de ocupação do aeroporto aumentam em datas de maior movimento do aeroporto, como volta de feriado, período de férias, Natal e Ano-Novo. O fluxo intenso não é registrado todos os dias", comenta Choueri.
O coordenador de Assuntos Aeroportuários Situação ainda relata que uma situação crítica nem sempre prejudica o passageiro. "A capacidade acima da demanda significa uma redução no nível de conforto para os passageiros, mas não quer dizer que eles serão afetados durante o embarque e desembarque".
Para Choueri o estudo não pode traduzir o fluxo de passageiros no aeroporto de Guarulhos como uma situação crítica. "A tecnologia permite que o nível de conforto aumente para os passageiros, deste modo a capacidade em receber usuários também aumenta. Mas, o estudo do Ipea vai incorporando essas mudanças de forma muito lenta, o que não condiz com uma realidade presente no aeroporto".
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) a atual capacidade do Aeroporto Internacional de Guarulhos é de 25,9 milhões de passageiros/ano. Em 2011, os terminais 1, 2 e 4 receberam 29,9 milhões de passageiros.
De acordo com a estatal, as etapas do Plano de Investimento para a Copa 2014 estão evoluindo conforme o planejado. A primeira fase do terminal 4 foi concluída em janeiro, cumprindo-se o plano de obras. A terraplenagem do terceiro terminal de passageiros também está em pleno andamento.