Política

Coordenador do MCCE aponta problemas de fiscalização e preparo para as eleições

Apesar dos entraves, diz Marlon Lélis, o dia da eleição foi tranquilo na cidade

Indefinição do registro de candidatos, fiscalização ineficiente, preparação inadequada de autoridades e burocracia são aspectos negativos em relação ao pleito realizado no último domingo. É o que aponta o coordenador do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE), Marlon Lélis. Apesar dos entraves, diz ele, o dia da eleição foi tranquilo na cidade.

Para o coordenador do MCCE, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) demorou para definir os candidatos que participariam destas eleições – o que facilitaria o trabalho de fiscalização. "O TRE apenas definiu a relação dos candidatos no dia 20 de agosto, fato que não contribuiu para os órgãos fiscalizadores", aponta.

Outro aspecto negativo destacado por Lélis é o ineficiente sistema de fiscalização. "O sistema de fiscalização utilizado nestas eleições foi muito burocrático. As denúncias eram avaliadas pelo Ministério Público Federal e não o Estadual, sem contar o despreparo e falta de tempo dos juizes eleitorais que não se preparam de forma adequada".

Ele aponta que também houve falha de comunicação e de preparo dos funcionários que prestam serviço nos cartórios eleitorais – o que também teria contribuído para a impunidade em relação aos crimes cometidos pelos candidatos. "Ao receberem as denúncias da população, os funcionários dos cartórios solicitavam ao denunciante que ligasse no TRE. Inacreditável!", destaca Lelis.

Em relação às denúncias apresentadas pelo MCCE ao Ministério Público Estadual, Lélis confirma o arquivamento pela fragilidade das provas apresentadas, mas pretende entregar documento ao MP sobre o comportamento dos candidatos durante o processo eleitoral. "Cerca de 80% das denúncias entregues pelo Movimento foram arquivadas, isso porque as provas não eram consistentes. Vamos fazer e entregar um dossiê para que providências sejam tomadas no futuro", disse.

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