Internacional

Coreia do Norte chama diplomata desertor de “criminoso” e “escória humana”

Seul, 20 (AE) – A Coreia do Norte afirmou neste sábado que um graduado diplomata norte-coreano que desertou recentemente para a Coreia do Sul é um criminoso e uma “escória humana”, em sua primeira resposta oficial no caso.

A agência estatal Korean Central News também acusou Seul de usar o abandono do diplomata Thae Yong Ho, que já ocupou o posto de ministro da embaixada norte-coreana em Londres, como propaganda voltada para insultar a liderança norte-coreana. Os norte-coreanos também criticaram o governo britânico por supostamente ignorar o protocolo internacional por rejeitar a demanda de extraditar Thae de volta para a Coreia do Norte, em vez de enviá-lo à Coreia do Sul.

A agência estatal norte-coreana informou que a Coreia do Norte determinou o retorno de Thae ao país em junho para que ele fosse investigado por uma série de crimes, entre eles o desvio de fundos do governo, o vazamento de segredos confidenciais e um ataque sexual contra uma menor de idade. Segundo a imprensa oficial, Thae deveria ter recebido uma punição legal pelos crimes que cometeu, mas fugiu, “pensando em nada mais que em se salvar, mostrando ser uma escória humana que não tem nem o nível elementar de lealdade e mesmo o mínimo de consciência e moralidade exigido dos seres humanos”.

O Ministério da Unificação de Seul disse, na quarta-feira, que Thae era a segunda autoridade mais graduada da embaixada norte-coreana em Londres e o mais graduado diplomata norte-coreano a ter desertado para a Coreia do Sul. Em 1997, o embaixador norte-coreano para o Egito fugiu, mas foi viver nos Estados Unidos.

Mais de 29 mil norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), segundo o governo sul-coreano. Muitos desertores dizem que queriam escapar da pobreza e do rígido sistema político do país, enquanto Pyongyang em geral acusa o vizinho de enganar ou pagar seus cidadãos ou mesmo dizem que houve sequestro. Fonte: Associated Press.

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