Se ontem havia uma expectativa de que uma certa calmaria poderia voltar aos mercados internacionais, após o susto com a China na segunda-feira, hoje a Coreia do Norte voltou a alimentar a aversão ao risco em todo o mundo. Com isso, o dólar sobe ante o real.
A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira, 6, que realizou, com sucesso, seu primeiro teste com uma forma mais poderosa de bomba nuclear, aumentando os desafios da política externa dos EUA e destacando os limites da capacidade da China de manter seu instável aliado sob controle.
A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h desta quarta-feira, pelo horário local.
Somando aos fatores de instabilidade no cenário internacional, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da China recuou para 50,2 em dezembro, de 51,2 em novembro, segundo dados da Caixin. Trata-se do menor nível desde julho de 2014 e o segundo menor da série histórica, iniciada em novembro de 2005.
Além disso, o BC da China enfraqueceu o yuan pelo sétimo dia seguido, com a taxa de paridade caindo para o menor nível desde abril de 2011.
Enquanto isso, o petróleo Brent atingiu por volta das 9h25 o patamar mais baixo desde julho de 2004 em meio aos temores com a desaceleração da economia e a queda de demanda pela China. Os investidores se preparam para os dados oficiais sobre os estoques nos EUA, que serão divulgados mais tarde.
Às 9h25, o dólar à vista no balcão subia 1,22%, a R$ 4,0416. O dólar para fevereiro avançava 0,73%, a R$ 4,0735. A moeda norte-americana também subia ante o euro e tinha fortes ganhos ante outras divisas emergentes e de países exportadores de commodities, como o dólar australiano (+1,27%), o rublo russo (+1,35%) e o rand sul-africano (+1,10%).