Dono de uma das maiores e mais apaixonada torcida do Brasil, o Corinthians enfrenta hoje, o time argentino Boca Juniors, em busca do tão sonhado título da Copa Santander Libertadores. Serão 25 milhões de torcedores fanáticos em todo o Brasil, torcendo juntos para que a Fiel conquiste esse título pela primeira vez.
Quem conseguiu se planejar e comprar com antecedência o ingresso poderá assistir pessoalmente. "Pela TV, rádio ou internet, acompanhar o timão nessa final é emocionante de qualquer jeito. Mas, no Pacaembu a torcida não para um segundo, incentiva a cada lance e até o estádio balança. Toda essa energia ajuda o time, e estar ali bem perto do campo reforça a sensação de que fazemos parte do jogo", disse o secretário adjunto de Desenvolvimento Urbano de Guarulhos, Rodolfo Ribeiro Machado, de 31 anos.
O publicitário João Francisco de Braz Filho, de 28 Anos, também relatou a sua expectativa. "É como se estivesse indo ver o nascimento de mais um filho. Acelera o coração, mãos ficam suadas e com certeza no final vai ser só alegria. Espero que Corinthians seja campeão e só vou acabar de festejar no domingo".
"Eu posso descrever que nenhum outro torcedor tem noção da dimensão que é esse sentimento que estamos sentindo no momento. Alguns já ganharam, outros mais de uma vez, mas para nós isso se torna único", disse o representante comercial Éric Esteves, de 27 anos, que aguarda ansiosamente para a decisão no Pacaembu.
Com ou sem ingresso, assistindo pessoalmente ou não, o desejo dos torcedores se resumem em um só: ver o Corinthians campeão. "Acredito que este título tem um valor igual ou maior do que ver a seleção brasileira ser campeão do mundo", admite o advogado Itamar Albuquerque, de 54 anos.
Torcedores fanáticos foram até o estádio La Bombonera
Alguns torcedores fanáticos não resistiram e foram assistir o primeiro jogo da final, diretamente na Argentina, em La Bombonera, estádio do Boca Juniors. "Desde o momento que fiquei sabendo que seria o Boca Juniors o nosso oponente, fui correndo fechar negócio com uma agente de viagens. Chegando a Buenos Aires nunca vi tantos corinthianos sem ingresso, mas mesmo assim estavam por toda parte. Dentro do estádio realmente a coisa aperta. Muitos fogos, a torcida do Boca faz muito barulho, as arquibancadas balançam. É uma emoção indescritível", o comerciante Ricardo Mota, de 38 anos, descreveu sua experiência e conta que irá no último jogo também, no Pacaembu, para prestigiar o seu time.
"A emoção de ver o Corinthians jogar é a mesma, independente, do estádio, cidade ou país", contou o advogado Mario Nunes de Barros, de 61 anos, que também pode ver o primeiro jogo na Argentina.