O Corinthians completou o terceiro mês sem pagar os salários do seu elenco na última sexta-feira. O atraso coloca o clube em risco de perder atletas gratuitamente caso eles acionem a Justiça, de acordo com a Lei Pelé, que permite a rescisão dos vínculos em caso de inadimplência de ao menos 90 dias.
A assessoria de imprensa do Corinthians confirmou a informação do atraso salarial. E o clube espera quitar parte dos atrasados nos próximos dias, ainda nesta semana. Para isso, deverão ser usados os recursos obtidos com a venda do meia-atacante Pedrinho ao Benfica.
Recentemente, o clube fechou um acordo com um banco para receber adiantado o valor das quatro parcelas da negociação, assinada por 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 109 milhões, na cotação atual).
A paralisação do Campeonato Paulista, em 16 de março, causou grave efeito financeiro sobre o Corinthians, que deixou de pagar o salários dos atletas pela primeira vez em 5 de abril.
Recentemente, o clube definiu um corte de 25% nos pagamentos do elenco principal. Além disso, cortou os vencimentos dos funcionários em até 70%, aproveitando uma MP do governo federal, que assume o custeio de parte do valor.
Nos últimoe meses, o clube sofreu queda nos valores obtidos com receitas como direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e patrocínios – a empresa MajorSports anunciou a rescisão de contrato na semana passada, enquanto outros acordos tiveram o valor pago reduzido ou suspenso durante a pausa das competições pela pandemia do coronavírus.