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Corinthians se impõe, bate o Bragantino e encara o São Paulo na semifinal

O Corinthians entrou em campo como se fosse um clássico. Valente, incisivo e sabendo da necessidade de marcar gols, sufocou o Bragantino e chutou para longe a desconfiança de se atrapalhar diante de adversários de menor expressão. Com sobras, venceu por 2 a 0, no Itaquerão, nesta quinta-feira, e se classificou para a semifinal do Campeonato Paulista, fase em que enfrentará o rival São Paulo.

Pela primeira vez desde que assumiu o time, Fábio Carille precisava reverter uma situação desfavorável. E isso diante de um adversário que mostrou sua força no jogo anterior ao vencer por 3 a 2 no Pacaembu. Mas o Corinthians tem camisa, elenco e a força da arena, fatores que fizeram a partida ser mais fácil do que se podia projetar. Destaque também para as boas atuações de Maycon, Ralf e Clayson, que deixaram o caminho da classificação mais fácil.

Com o resultado, a semifinal será contra o São Paulo. O primeiro jogo está marcado para domingo, às 16 horas, no Morumbi. A partida de volta será na quarta-feira, às 21h45, no Itaquerão.

Carille escalou uma formação com jogadores mais altos, esperando por um bombardeio aéreo do Bragantino, mas não foi o que aconteceu. A equipe de Bragança Paulista parecia jogar contra o relógio e em todo lance tentava ganhar qualquer segundo precioso, praticamente não chegando ao ataque.

Ao contrário do Corinthians, que entrou ligado e ciente de que conforme o tempo passasse pior ficaria a situação e maior seria a desvantagem. Assim, os grandalhões corintianos pressionaram e, apesar da altura, colocaram a bola no chão para encontrar o caminho do gol. Clayson estava iluminado. Deu dribles desconcertantes, abriu defesa e quase fez um gol de placa no primeiro tempo ao chutar a bola perto do gol, depois de um giro sobre a marcação que deixou o defensor perdido.

Júnior Dutra, que entrou para ser a referência no ataque perdeu uma grande chance ao receber a bola livre dentro da área, pingando. Ele isolou a bola. A sorte foi que logo depois, enquanto a torcida ainda xingava o atacante que em dez jogos pelo clube fez apenas um gol, o experiente Ralf, com liberdade, passou para a esquerda, Sidcley apareceu livre para encher o pé em chute cruzado e contar ainda com o desvio de Guilherme Mattis para abrir o placar.

Um alívio e a primeira parte do objetivo concluída. Faltava mais um gol para não precisar depender da loteria dos pênaltis. E lá foi Maycon, que além da boa marcação também tem um chute forte e certeiro, acertar um belo tiro de fora da área e marcar o segundo gol. O sufoco de um time que entrou em campo eliminado, virou alívio de quem estava se classificando com aquele resultado.

Na etapa final, o Corinthians parecia mais decidido a buscar o terceiro gol e garantir a classificação do que o Bragantino tentar descontar e levar a decisão para os pênaltis. O caminho era encontrado pelos corintianos pela direita, por onde chegaram com liberdade pelo menos três vezes. Em uma delas, Júnior Dutra cruzou errado e a torcida perdeu a paciência com o atacante e pediu a entrada do garoto Pedrinho, autor de um belo gol no jogo passado.

Aos 26 minutos, o que mais preocupava Carille quase colocou tudo a perder. Cobrança de falta para a área, Lázaro subiu mais que todo mundo e desviou com perigo para fora. A resposta também veio pelo alto, com Júnior Dutra e mais uma vez, para fora. O tempo ia passando,o Bragantino não conseguiu ameaçar Cássio e o Corinthians era quem pressionava. Queria um terceiro gol para fechar com chave de ouro a boa atuação, mas ele não aconteceu e nem se fez necessário. Os 2 a 0 foram suficientes para os corintianos deixarem a arena contentes e já pensarem no clássico com o São Paulo.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 x 0 BRAGANTINO

CORINTHIANS – Cássio; Mantuan, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf, Maycon, Mateus Vital (Romero), Rodriguinho e Clayson (Pedrinho); Junior Dutra. Técnico: Fábio Carille.

BRAGANTINO – Alex Alves; Diego Macedo, Lázaro, Guilherme Mattis e Fabiano (Gerley); Adenilson, William Schuster, Vitinho e Danilo Bueno (Artur); Léo Jaime (Ítalo) e Matheus Peixoto. Técnico: Marcelo Veiga

GOLS – Sidcley, aos 29, e Maycon, aos 44 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Vinícius Gonçalves Dias Araújo.

CARTÕES AMARELOS – William Schuster, Diego Macedo e Balbuena.

RENDA – R$ 1.554.163,80.

PÚBLICO – 32.930 pagantes.

LOCAL – Itaquerão, em São Paulo.

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