A pandemia tem salvado o time do Corinthians de ser vaiado em seus jogos em casa pelo Campeonato Brasileiro. Mais um exemplo disso ocorreu, nesta quarta-feira à noite, na Neo Química Arena, no empate sem gols, em jogo adiado da primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe de Parque São Jorge somou mais uma atuação decepcionante.
Com o ponto conquistado, o Corinthians chega a 14, após 13 jogos e precisa começar a se preocupar mais em somar pontos para se afastar da zona de rebaixamento do que pensar em algo positivo na competição. Já o Atlético-GO, com um ponto a mais, deixou o campo com o sentimento de que poderia ter levado mais dois pontos para Goiânia.
O primeiro tempo foi contra as tradições de 110 anos de jogos do Corinthians como mandante. Diante de um adversário apenas esforçado, o time alvinegro teve menos posse de bola (48% a 52%) e jogou boa parte do tempo no contra-ataque.
O técnico Dyego Coelho busca alternativas táticas a cada jogo, mas o problema do elenco é técnico. Quem entra em campo não tem capacidade para exercer as funções desejadas por este treinador ou por qualquer outro. Com isso, o que se vê em campo é um amontoado de jogadores desorientados.
O time foi "torto" durante a maior parte do período, atacando mais pelo lado direito com Léo Natel. Otero e sua habilidade para bater na bola ficaram quase esquecidos pela esquerda. Desta forma, o Corinthians só foi levar relativo perigo ao gol de Jean, aos 44 minutos, com um chute de Léo Natel, após falha da zaga atleticana.
O Atlético-GO aproveitou e merecia ter conseguido uma vantagem nos primeiros 45 minutos. Como se estivesse em casa, aos 16 minutos Hyuri surgiu livre diante de Cássio, mas bateu fraco. Aos 26, Nicolas levou mais perigo ainda, mas errou o alvo.
Como não dava para piorar, o Corinthians voltou melhor no segundo tempo, com mais tempo de bola no pé e atacando também pelo lado esquerdo. Foi por ali que Piton fez bom cruzamento e Jô obrigou Jean a fazer boa defesa, aos nove minutos.
O Atlético não demorou para conseguir neutralizar as poucas iniciativas do Corinthians e poderia ter mais sucesso no ataque se trocasse as bolas alçadas na área por triangulações e investidas pelo meio da zaga, sempre vulnerável do Corinthians.
Aos 24 minutos, Chico, dono do meio-de-campo na Neo Química Arena, só não abriu o placar porque Avelar tirou a bola em cima da linha. Coelho, então resolveu trocar três de uma vez. Colocou Cazares, Boselli e Camacho, nos lugares de Luan, Jô e Cantillo. E mais uma vez fica a pergunta no ar: como o Luan foi eleito o melhor jogador da América em 2017?.
Aos 31, a trave salvou Cássio, após cobrança de falta muito bem feita por Nicolas, que errou por pouco o alvo aos 39. O Corinthians só foi acertar uma jogada consciente aos 36 minutos, quando Cazares, Léo Natel e Boselli participaram da armação, que Otero finalizou para a defesa de Jean.
Os últimos minutos do Corinthians foram arrastados e dignos de um time que a cada rodada fica com mais a cara de um grupo rebaixado à Série B.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 X 0 ATLÉTICO-GO
CORINTHIANS – Cássio; Michel, Gil, Danilo Avelar e Lucas Piton; Cantillo (Camacho), Roni (Ramiro), Otero (Mantuan) e Luan (Cazares); Léo Natel e Jô (Boselli). TÉCNICO: Dyego Coelho.
ATLÉTICO-GO – Jean; Dudu, Éder, Gilvan (Oliveira) e Nicolas; Edson, Marlon Freitas, Chico (Everton Felipe) e Matheuzinho (Matheus Vargas); Hyuri (Zé Roberto) e Gustavo Ferrareis (Natanael). TÉCNICO: Vagner Mancini.
ÁRBITRO – Paulo Roberto Alves Junior (PR).
CARTÕES AMARELOS – Roni, Michel.
RENDA E PÚBLICO – Jogos disputado com portões fechados.
LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo.