Após registrar 147 casos de coronavírus no país, a Rússia adotou medidas para conter o avanço da pandemia. Nesta quinta-feira, o Kremlin comunicou o fechamento das fronteiras do país para estrangeiros e o fechamento de pontos turísticos, como a tumba do líder bolchevique Lenin. Medidas de contenção também foram adotadas para blindar o presidente Vladimir Putin.
O Kremlin anunciou que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para proteger Putin, 24 horas por dia, contra o coronavírus e outras doenças.
"Tudo o que é necessário para defender o presidente do vírus e outras doenças está sendo feito 24 horas por dia", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista por teleconferência.
Peskov acrescentou que a agenda de trabalho de Putin é a melhor prova de seu estado de saúde. Na quarta-feira, Putin visitou a Crimeia, antigo território ucraniano anexado pela Rússia em 2014. Jornalistas que viajaram com Putin tiveram que ser testados antes de embarcar, para provar que não carregavam o vírus.
Todos os funcionários do gabinete da presidência que têm contato com Putin foram analisados. "O teste foi feito no local de trabalho. Um especialista veio à Administração (da presidência) e, um a um, fomos todos dar as amostras", disse.
<b>Pontos turísticos fechados</b>
O esforço para que impedir que o COVID-19 se espalhe não se restringe ao presidente. Autoridades russas também aprovaram o fechamento da fronteira para a entrada de estrangeiros e anunciaram o fechamento de pontos turísticos, como a tumba de Lenin, localizado na Praça Vermelha, em Moscou.
O Serviço da Guarda Federal, que lida com a segurança do Kremlin e de Putin, disse que o túmulo estaria em manutenção durante seu fechamento, mas não informou quando a atração seria reaberta. A necrópole do Kremlin, onde estão enterrados líderes soviéticos como Josef Stalin, que faz parte da mesma experiência turística, também será fechada.
Inúmeros museus, incluindo o Museu Pushkin de Moscou e a Galeria Tretyakov, e teatros, incluindo o Bolshoi, fecharam suas portas ao público nesta semana como precaução contra o coronavírus. (Com agências internacionais)