O governo federal nomeou Marcos de Castro Simanovic para exercer o cargo de presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Simanovic é coronel da Polícia Militar de São Paulo e já estava no órgão desde maio de 2019, como diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação, cargo do qual foi exonerado para assumir o comando do ICMBio. Ele assume o posto no lugar do também coronel da Polícia Militar paulista Fernando Cesar Lorencini, que deixou o governo no fim de outubro, após pouco mais de um ano à frente do Instituto.
A nomeação de Simanovic está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 10. Conforme o <i>Estadão</i> antecipou, ele passou a acumular as funções de diretor e presidente do ICMBio substituto logo que Lorencini foi exonerado. Agora, foi oficialmente promovido a presidente titular do órgão.
<b>Militarização</b>
Simanovic faz parte do processo de militarização que tomou conta do órgão federal com a chegada do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Com histórico controverso entre seus pares dentro do Instituto, Simanovic já atuou diretamente para cancelar processos concluídos de autuações ambientais contra infratores, questionando pareceres de áreas técnicas do próprio ICMBio que já tinham transitado em todas as instâncias administrativas.
Com a mudança, o ICMBio tem o quarto presidente sob a gestão do governo de Jair Bolsonaro. No início de 2019, Ricardo Salles nomeou Adalberto Eberhard para o posto. Depois, em abril do mesmo ano, trocou o comando e trouxe outro militar paulista, Homero de Giorge Cerqueira. Em agosto do ano passado, Cerqueira foi demitido por Salles. Foi nomeado, então, Fernando Cesar Lorencini, que agora deu lugar a Simanovic.