Após mais de uma 1h20 de cortejo, o corpo do maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite, chegou no início da tarde ao cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias, na baixada fluminense, para ser sepultado. Centenas de pessoas, a maior parte delas trajando a camisa do clube carioca, foram ao local para recepcionar o jogador. Na chegada, elas entoaram cantos do clube, gritaram o nome de Dinamite e estouraram fogos.
O corpo de Roberto Dinamite havia deixado o Estádio de São Januário às 11h50 em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros. A bandeira do Vasco cobria o caixão, e dezenas de torcedores aguardavam do lado de fora do estádio para um último aplauso ao ídolo. O ex-atacante Edmundo, que acompanhou o velório de Dinamite desde as primeiras horas, ainda na segunda-feira, uniu-se ao grupo e gritou o nome do maior jogador da história do Vasco. Ele também foi ao cemitério e teve seu nome gritado pela torcida.
Roberto Dinamite deixou o estádio pelo portão principal e pelo endereço que, desde esta terça-feira, leva seu nome. O prefeito Eduardo Paes (PSD) publicou decreto que alterou o nome do trecho da via que passa em frente de São Januário. Agora, ela passa a se chamar Avenida Roberto Dinamite. O número do estádio também mudou – sai o 131 e entra o 10, o mesmo que consagrou o atacante.
Antes de o corpo ser levado a Duque de Caxias, familiares e amigos de Roberto Dinamite participaram de uma missa no gramado de São Januário. O Vasco também homenageou o jogador com a palavra "obrigado" ocupando o setor de cadeiras do estádio.
Maior artilheiro dos campeonatos Brasileiro e Carioca, do Vasco e de São Januário, Roberto Dinamite morreu na manhã de domingo aos 68 anos. Ele lutava contra um tumor no intestino, diagnosticado em 2021.