O corpo do embaixador Sebastião do Rego Barros Netto foi cremado na tarde desta terça-feira, 10, no Memorial do Carmo, cemitério no Caju, na zona norte do Rio. O diplomata, de 75 anos, morreu no início da tarde de segunda-feira, 9, ao cair da janela do apartamento onde morava na Avenida Atlântica, orla de Copacabana, na zona sul.
No cemitério, o enteado Carlos Médices destacou a trajetória de Rego Barros, que presidiu a Agência Nacional do Petróleo (ANP) de 2002 a 2005 e ocupou o segundo mais importante posto do Ministério das Relações Exteriores, o de secretário- geral, em 1995.
“Ele foi o segundo nome do Itamaraty (como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores), um dos homens de confiança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Deixou sua marca no País”, disse Médices, para quem a morte do diplomata foi provocada por um “trágico acidente”.
Fernando Henrique Cardoso e a presidente Dilma Rousseff enviaram coroas de flores para o Memorial do Carmo.
Segundo as investigações da Polícia Civil, não há indícios de crime. Estão sendo apuradas as hipóteses de suicídio ou acidente – o diplomata pode ter se desequilibrado ao pegar um livro na estante, ao lado da janela. O segundo volume de “Getúlio”, obra do escritor Lira Neto, foi encontrado ao lado do corpo. Rego Barros, que estava aposentado, deixou três filhos e a viúva Maria Cristina de Lamare Rego Barros.
Rego Barros ingressou na diplomacia em 1963. Entre outros cargos e funções importantes que desempenhou, estão o de embaixador na Argentina de 1999 a 2001 e representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Organização dos Estados Americanos (OEA). Como embaixador, acompanhou, nos anos 90 do século passado, a dissolução da antiga União Soviética.