Cinco corpos foram encontrados em um carro estacionado na Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 30. No para-brisa do veículo, os criminosos deixaram um bilhete: “Não aceitamos covardia. Vida paga com vida. Matou inocente, morreu”.
Na terça, 28, o adolescente Caio Martins Ferreira, de 17 anos, foi morto a tiros durante um ataque de criminosos de facções rivais no Morro da Mangueira. A favela, que recebeu Unidade de Polícia Pacificadora em novembro de 2011, enfrenta disputa pelo controle do tráfico de drogas.
O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios, disse, em entrevista à Radio CBN, que dois dos mortos já tinham mandados de prisão expedidos, Ederson Figueiredo e Artur da Silva. E um deles é dissidente do Comando Vermelho, facção que domina a favela, e integrou o Terceiro Comando Puro, que tenta tomar o tráfico no local.
O policiamento no Morro da Mangueira foi reforçado na manhã desta quinta-feira nos acessos e no interior da comunidade, por policiais deslocados de outras Unidades de Polícia Pacificadora para dar suporte à UPP da favela da zona norte. Na noite de quarta-feira, depois do enterro de Caio, moradores da Mangueira fizeram um protesto, reprimido pela polícia com bombas de efeito moral.