Correção: Bolsas da Europa fecham em alta, com avanços contra coronavírus

<i>A nota enviada anteriormente continha uma incorreção. Ficaram faltando a variação porcentual e os pontos do índice Stoxx 600. Segue o texto corrigido.</i>

As bolsas da Europa fecharam com ganhos, nesta quarta-feira, 5, apoiadas por relatos de que cientistas no Reino Unido e na China avançam para desenvolver uma vacina ou outros tipos de medicamentos para lidar com o coronavírus. Mesmo a advertência da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que não há ainda um remédio eficiente comprovado contra a doença não foi suficiente para abalar o humor dos investidores no continente, que também monitoraram indicadores e resultados corporativos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,24%, aos 423,62 pontos.

As bolsas europeias abriram com perdas, mas inverteram o sinal com relatos de avanços para o desenvolvimento de uma vacina ou de outros tratamentos contra o coronavírus. No fim da manhã, a OMS matizou o otimismo, ao lembrar que não há medicamento comprovadamente eficaz contra esse mal até agora. Na Europa, de qualquer modo, o tom positivo se manteve.

Em meio a essas notícias, papéis ligados ao setor de aviação se saíram bem. Deutsche Lufthansa subiu 3,55% em Frankfurt e International Consolidated Airlines Group teve ganho de 3,84% em Londres.

Ainda em Londres, o setor de energia se saiu bem, em jornada positiva para o petróleo. A petroleira BP fechou em alta de 2,69% e a mineradora BHP, 1,10%. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 0,57%, em 7.482,48 pontos. Já Vodafone recuou 2,82%, após balanço. A companhia previu custo de 200 milhões de euros por um plano para limitar exposição da Huawei no núcleo de suas redes na União Europeia.

Na agenda de indicadores, as vendas no varejo da zona do euro recuaram 1,6% em dezembro de 2019 ante o mês anterior, quando analistas previam queda menor, de 0,7%. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, por sua vez, subiu de 50,9 em dezembro a 51,3 em janeiro, segundo a IHS Markit, na máxima desde agosto de 2019 e acima da prévia e da previsão, ambas em 50,9.

No Reino Unido, o PMI composto subiu de 49,3 em dezembro a 53,3 em janeiro, na máxima em 16 meses. Segundo a Capital Economics, os números do PMI do país são o sinal mais claro até agora de que a economia britânica se recuperou.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, realizou discurso hoje. Segundo ela, a economia da zona do euro tem sido resistente a choques globais, mas questões de comércio e geopolítica e o surto de coronavírus representam riscos no curto prazo.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,48%, a 13.478,33 pontos. Siemens registrou alta, após balanço. O papel da empresa chegou a cair depois dos resultados, com receita abaixo da previsão dos analistas no primeiro trimestre fiscal, mas a ação se recuperou ao longo do pregão. Ainda na cidade alemã, Volkswagen também mostrou ganhos.

Na Bolsa de Paris, o CAC 40 subiu 0,85%, a 5.985,40 pontos. No setor corporativo, BNP Paribas avançou 0,93%, depois de balanço, mesmo após cortar sua meta de lucratividade para 2020

Em Milão, o índice FTSE MIB fechou com ganho de 1,64%, a 24.236,63 pontos. O papel da ENI subiu 1,88%, em dia de alta no petróleo.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,62%, a 9.717,80 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 avançou 0,74%, a 5.302,88 pontos.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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