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Correção: Corinthians enfim consegue vender parte dos CIDs do Itaquerão

A nota enviada anteriormente continha um erro de informação no segundo parágrafo. Segue a versão corrigida.

O Corinthians finalmente conseguiu vender uma parte dos CIDs, os certificados de incentivos ao desenvolvimento emitidos pela Prefeitura de São Paulo para viabilizar a construção do Itaquerão e seu uso como estádio paulista da Copa do Mundo. O comprador, porém, é praticamente da casa. Foi a Construtora Odebrecht, responsável por erguer a arena, que adquiriu R$ 100 mil em papéis. A compra foi confirmada na tarde desta terça-feira pela construtora, por meio de sua assessoria.

A Prefeitura paulistana emitiu cerca de R$ 407 milhões dos R$ 420 milhões definidos inicialmente em CIDs – alegou que o repasse não foi total, pois as obras do estádio não foram concluídas. Os documentos ficaram de posse da Arena Fundo de Investimento Imobiliário, que administra o local e está responsável pelo pagamento das dívidas contraídas durante a fase de construção. Foi o fundo que vendeu as cotas – duas de R$ 50 mil para a Odebrecht. O detalhe é que a construtora é um dos cotistas do Fundo, junto com Corinthians e Arena Itaquera, esta integrada por diretores da BRL Trust.

A partir de julho a Arena Fundo de Investimento tem de começar a pagar mensalmente cerca de R$ 5 milhões do empréstimo tomado do BNDES. Antes de negociar os CIDs, estimava-se que o fundo tinha arrecadado cerca de R$ 50 milhões, provenientes basicamente da renda de jogos do Corinthians no Itaquerão. Só recentemente o clube deu início à venda de cadeiras cativas e camarotes e ainda não conseguiu vender os naming rights.

A Odebrecht poderá utilizar os CIDs para pagar tributos municipais como IPTU e ISS. É possível que a empresa compre outros lotes dos certificados e, segundo sua assessoria, um dos objetivos com essa aquisição inicial é “criar uma base para que outras empresas também venham a comprar” os papéis. Ou seja, a negociação também teve como objetivo “incentivar” o mercado.

Um dos empecilhos à compra dos CIDs, no entanto, é uma ação do Ministério Público, que questiona a legalidade da emissão dos certificados para incentivar a construção de um equipamento privado. A lei que viabilizou os CIDs para o Itaquerão foi sancionada em 2011 pelo então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

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