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Correção: Detido desde maio, Marin recebe proposta para trabalhar em prisão suíça

A nota enviada anteriormente continha um erro de concordância no título. Segue a versão corrigida:

A administração da prisão onde José Maria Marin está preso na Suíça desde o fim de maio ofereceu aos dirigentes de futebol um trabalho para ajudar a passar o tempo. O brasileiro pode atuar em um setor de etiquetagem, em um de preencher endereços em pacotes para os serviços de correio e até mesmo ser ajudante de cozinheiro. Por dia, o ex-presidente da CBF receberia até R$ 60 pelos trabalhos prestados.

Nem a administração nem os advogados confirmaram se Marin aceitou a oferta de emprego. Mas a proposta foi feita a todos os seis dirigentes de futebol detidos no país e que aguardam uma decisão sobre a eventual extradição aos Estados Unidos.

Preso desde o dia 27 de maio, o brasileiro se recusou a ser enviado de forma voluntária para os Estados Unidos, onde é acusado de corrupção e pode pegar 20 anos de prisão.

Entre as acusações está a de ter recebido pelo menos US$ 3 milhões por edição da Copa América, até 2019, além de mais de R$ 2 milhões por edição da Copa do Brasil, dinheiro que seria compartilhado com Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.

Como o processo sobre a extradição pode ser longo, a administração carcerária suíça decidiu oferecer alternativas aos prisioneiros. Pelas regras, ele passam 23 horas do dia dentro da cela e apenas uma fora.

Aceitar um emprego de etiquetagem, por exemplo, significaria para Marin que poderia sair do pequeno espaço de que dispõe por mais tempo. O trabalho, porém, seria feito dentro da própria prisão. Na sua cela, Marin tem uma televisão e pode ler livros da biblioteca do local. Mas não tem nem celular nem internet.

Em agosto, a Suíça deve anunciar a sua primeira decisão sobre Marin. Caso a opção seja pela extradição, o brasileiro pode recorrer ainda a duas instâncias, o que atrasaria uma definição até o fim do ano. Seus advogados revelaram em maio que vão recorrer até onde for possível para tentar evitar a extradição.

Nos Estados Unidos, a esperança é de que Marin aceite colaborar nas investigações, o que reduziria bem sua pena. Para isso, porém, teria de revelar como o esquema funcionava.

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