A matéria enviada anteriormente contém uma incorreção no terceiro parágrafo. Na fala do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, o correto é “atividades malignas iranianas”, e não italianas. Segue o texto corrigido:
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou hoje que, após prazos que variam de 90 a 180 dias, reaplicará sanções contra diversas atividades econômicas realizadas com o Irã e por esse país, incluindo sua indústria de petróleo e suas importações no setor de aviação civil.
Nesta terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a retirada dos EUA do acordo nuclear com Teerã e a reinstauração das medidas punitivas contra a economia iraniana que haviam sido suspensas com a entrada em vigor do pacto, em 2015.
Após essa determinação, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou em comunicado que Washington vai “cortar o acesso da Guarda Revolucionária (iraniana) a capital para financiar atividades malignas iranianas, incluindo seu status como o maior Estado promotor de terrorismo, seu uso de mísseis balísticos contra nossos aliados (…) e seus abusos do sistema financeiro internacional”.
A nota à imprensa faz referência a um documento sem força de lei no qual esse departamento explica que, após o período de transição de 180 dias que se encerra em 4 de novembro, vai reinstaurar sanções contra “transações relacionadas ao petróleo” com as estatais iranianas desse setor, incluindo “a compra de petróleo, produtos derivados de petróleo ou produtos petroquímicos do Irã”.
No mesmo prazo, voltam a vigorar as punições contra operadores portuários e os setores naval e de energia iranianos.
Além disso, na sequência do período de 90 dias que se encerra em 6 de agosto, Washington vai revogar as autorizações concedidas sob o acordo nuclear para atividades conduzidas sob “licenças específicas emitidas em conexão com a Declaração de Política de Licenciamento para Atividades Relacionadas à Exportação ou Re-exportação para o Irã de Aeronaves Comerciais de Passageiros e Partes e Serviços Relacionados”.
Em setembro de 2016, a Boeing recebeu uma licença do governo americano que, três meses depois, baseou um memorando de acordo da fabricante de aeronaves com a Iran Air para a venda de 80 aviões à companhia aérea iraniana.
Já em abril do ano passado, a Boeing assinou um memorando similar com a também aérea Iran Aseman Airlines para a venda de outras 30 unidades, apontando explicitamente que a autorização do Tesouro dos EUA para a transação estava condicionada ao cumprimento por Teerã do acordo nuclear.