A melhora do humor nos mercados internacionais garantiu um fechamento em queda para os juros futuros nos vértices intermediários e longos, enquanto as taxas curtas terminaram estáveis nesta terça-feira, 6. A sessão regular fechou com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 em 6,830%, de 6,820% no ajuste de segunda-feira e a do DI para janeiro de 2020 em 8,07%, ante 8,09% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,94% para 8,91% e a do DI para janeiro de 2023, de 9,66% para 9,59%.
Pela manhã, o mercado dava sequência ao movimento de correção global, com taxas longas em leve alta, mas à tarde a pressão se dissipou na medida em que o ajuste visto nos ativos em Wall Street desde segunda ia se esgotando.
Embora haja dúvidas sobre qual será a intensidade dos apertos monetários conduzidos pelos principais bancos centrais, com destaque para o Federal Reserve (o BC norte-americano), e qual impacto sobre os mercados, alguns profissionais relativizam o fôlego da realização e procuram olhar o que está por trás do risco de uma alta mais forte dos juros nos EUA.
“Analisando com calma o medo de que o Fed tenha de subir juros mais rápido, tirando liquidez global, num primeiro momento é negativo. Mas, olhando pelo lado do crescimento da economia americana, é positivo para ativos ligados à atividade”, diz o economista da Rio Gestão de Ativos, Bernard Gonin.
Internamente, as atenções estão voltadas à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que, na quarta-feira, decide sobre a Selic e, por isso, os juros curtos pouco se mexeram. Tanto entre os economistas quanto na curva de juros há consenso de apostas em torno do corte de 0,25 ponto porcentual na taxa atual de 7,00%.
Pouco antes do fechamento deste texto, o relator de reforma da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou que apresentará na quarta o novo texto da proposta e adiantou que nele foi mantida a exclusão de mudanças para trabalhadores rurais e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), assim como permanece a exigência de 15 anos como tempo mínimo de contribuição para aposentadoria. “As mudanças devem manter a previsão de economia entre R$ 500 bi e R$ 600 bi em dez anos”, disse.