A matéria enviada em 11 de setembro continha uma incorreção. A carga horária do pessoal operacional da Petrobras é de oito, e não de dez horas, e não houve proposta de alteração. Segue texto corrigido:
A Petrobras considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus empregados concursados. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso à proposta de acordo coletivo defendida pela direção da estatal para o período de 2015 a 2017. No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40 horas. A adesão seria voluntária, mas acarretaria um corte de 25% nos ganhos mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro. Para sair do papel, o acordo coletivo, divulgado na quinta-feira, 10, na intranet da empresa, ainda depende de negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
No fim do mês passado, no dia 26 de agosto, a nova direção, comandada por Aldemir Bendine, que assumiu o controle da empresa com a missão de reestruturar o caixa, já havia anunciado que promoveria um corte de “gastos operacionais gerenciáveis”. Até 2019, devem ser cortados benefícios que somam US$ 12 bilhões. Na prática, a petroleira vai suspender direitos até então garantidos aos seus trabalhadores – 80,9 mil funcionários próprios e cerca de 200 mil terceirizados .
Em resposta ao Broadcast, a Petrobras informou que “está aberta ao diálogo para as negociações sobre o acordo”. Para o representante dos funcionários no conselho de administração da estatal, Deyvid Bacelar, a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso na companhia. “Isso é gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta ascender um fósforo.”