A nota enviada anteriormente continua uma incorreção no primeiro parágrafo. O encolhimento da carteira de crédito em 12 meses foi de 0,6%, e não de 0,7% como informado anteriormente. Segue a nota corrigida.
A recessão, o aumento dos juros e a queda da confiança desidrataram o mercado de crédito brasileiro e, pela primeira vez desde 2007, o estoque de empréstimos e financiamentos caiu na comparação com um ano antes. Segundo o Banco Central, o estoque de crédito às famílias e empresas somou R$ 3,115 trilhões em agosto, valor 0,6% menor que o registrado um ano antes.
Desde o início da série histórica de 2007, o estoque de crédito sempre cresceu em termos nominais. Em pleno estouro da crise internacional em outubro de 2008, o estoque de financiamentos chegou a crescer com ritmo anual de 34,2% naquele mês. Em 2009, a média do crescimento anual da carteira ficou em 20,9%. Em 2010, o ritmo diminuiu um pouco para 18,7%.
Com a crise econômica, o mercado de crédito tem vivido desaceleração e, desde junho de 2015, o estoque não crescia mais com taxas de dois dígitos. Em junho e julho de 2016, a carteira cresceu com ritmo anual inferior a 1%.
Novas séries
A partir desta quarta-feira, 28, o Banco Central passa a divulgar nove séries históricas com dados dessazonalizados da concessão de crédito. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, os dados permitirão análise desse indicador sem contaminação por períodos como as festas de fim de ano e datas comemorativas do varejo.
“Isso vai permitir identificar movimentos na margem. Quando olhamos o saldo (que não é dessazonalizado), a leitura pode ser contaminada”, disse Maciel. Serão séries sobre concessões totais, concessões com recursos livres e concessões com recursos direcionados, todas com abertura por operações para pessoas físicas e jurídicas. Segundo Maciel, novas séries serão incluídas nos próximos meses.
Os dados podem ser conferidos no sistema gerenciador de séries temporais e levam códigos entre 24439 e 24447.