Trabalhadores dos Correios e governo não chegaram em um acordo nas negociações da campanha salarial e, na semana que vem, cerca de 120 mil trabalhadores poderão cruzar os braços caso o impasse continue. Uma nova assembléia será feita no próximo dia 18, terça-feira, quando os dirigentes sindicais apresentarão uma possível proposta do governo ou decretarão deve da categoria.
Segundo o sindicato da categoria, cerca de 17 mil trabalhadores em Minas Gerais e no Pará já decretaram greve no último dia 10 e outros estados decretarão após assembleias que serão realizadas nos dias 18 e 25 de setembro. A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$200 linear, ticket de R$ 35, a contratação imediata de 30mil trabalhadores, o fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho.
As negociações foram iniciadas há mais de um mês. No entanto, a empresa ofereceu uma proposta de reajuste inicial de 3%, o que foi rejeitado por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o país. Segundo a Federação Nacional dos trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), a proposta sequer repõe o índice inflacionário do período. Na última semana, a empresa voltou a fazer nova proposta de 5,2%, também rejeitada nas assembleias já realizadas.
O reajuste proposto pela entidade, de 43,7%, se refere a soma de perdas salariais que a ECT deve à categoria desde o Plano Real, mais a inflação do período e o aumento real.