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O GP de São Paulo de Fórmula 1, primeiro grande evento da capital paulista em quase dois anos, empolga o governador João Doria (PSDB). Horas antes de a corrida ter início no Autódromo de Interlagos, ele reforçou a importância do evento para a capital paulista, comemorou, mais uma vez, o fato de a etapa brasileira ter permanecido em São Paulo e não ter ido para o Rio de Janeiro e disse que esta edição, por vários motivos, é "histórica".
"É praticamente a retomada da normalidade na cidade, obviamente seguindo os protocolos. Os grandes eventos voltaram e voltaram a partir deste que é o maior evento gerador de receitas para São Paulo, que é a Fórmula 1", afirmou o governador em entrevista coletiva no autódromo.
Na entrevista aos jornalistas, o governador esteve acompanhado do prefeito Ricardo Nunes, do CEO da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali e do novo CEO do GP de São Paulo, o empresário Alan Adler.
"Interlagos é parte da história da Fórmula 1. Agora é parte do futuro da Fórmula 1 também", disse o CEO da categoria. "Os pilotos adoram correr aqui. Tivemos tantas corridas incríveis aqui. Vimos isso ontem, no sprint race".
Os organizadores do GP de São Paulo dizem que a corrida em Interlagos é o maior evento realizado durante a pandemia de covid-19. A expectativa é de que 170 mil pessoas estejam no autódromo ao longo do final de semana. Os números serão divulgados na noite deste domingo, depois da corrida. Nos três dias em 2019, ano da última etapa no Brasil, Interlagos recebeu 158.213 torcedores, maior público desde 2001, quando o local era maior e contou com a presença de 174 mil fãs. Há o plano para aumentar a capacidade do autódromo para 2022.
Por enquanto, o evento com o maior público na capital paulista foi o jogo entre Corinthians e Chapecoense. Na Neo Química Arena, 39.734 pagantes assistiram à vitória do time paulista por 1 a 0. Ao todo, foram mais de 40 mil presentes no estádio em Itaquera.
O contrato de renovação com a Prefeitura de São Paulo para realizar por mais cinco anos – com renovação automática por mais cinco – em Interlagos uma etapa do Mundial de Fórmula 1 foi firmado no fim do ano passado. Havia o temor de que a prova não acontecesse mais na capital paulista, mas sim no Rio. O acordo anterior era válido somente até o fim de 2020. Domenicali participou pelo lado da Fórmula 1 das negociações e ficou contente com a manutenção da prova na capital paulista.
"Um conjunto de valores emocionais, técnicos, operacionais fazem de São Paulo o local ideal para a Fórmula 1. Estamos felizes de termos renovado o contrato por mais dez anos", pontuou Doria.
De acordo com o governo do Estado e a gestão municipal, o maior desafio para realizar o evento em meio à pandemia foi avançar a vacinação no Estado e na capital. "Em julho, assumimos o compromisso com o Stefano. Ele teve a coragem de acreditar e confiar em nós porque a Fórmula 1 poderia ter sido colocada em risco como um todo. Prometemos que teríamos vacinação majoritária até a data do início do GP de São Paulo e assim fizemos", comentou o governador.
"É importante mostrar que São Paulo não tem deixado nada além do que oferecem os outros grandes prêmios", completou o prefeito Ricardo Nunes.
Doria foi questionado sobre a ausência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no autódromo. O chefe do Executivo, que queria levar a prova brasileira para o Rio de Janeiro, preferiu ir a Dubai em vez de acompanhar a corrida. Ele diz não ter tomado a vacina, o que impossibilitaria a sua presença em Interlagos, já que apenas imunizados foram liberados para ir a Interlagos.
"Aqui no autódromo só entram pessoas vacinadas e o presidente, como todos sabem, não está vacinado. Logo, não pode ter acesso ao autódromo. Nem como convidado, nem se tivesse comprado o ingresso", ressaltou Doria, que disse seu governo ficou "longe do negacionismo, do kit covid e de outras colocações erráticas".
O secretário de turismo do Estado, Vinicius Lummertz, havia projetado nesta semana que o impacto econômico do evento em São Paulo chegaria próximo de R$ 1 bilhão, corrigindo os números pela inflação para este ano, além da geração de 8.500 empregos. Neste domingo, horas antes da prova, Doria reforçou que espera que os valores superem R$ 1 bilhão.
Segundo Doria, o governo montou o "maior esquema de segurança da história" para a corrida em São Paulo. O "projeto especial" de segurança incluiu 5 mil policiais, dentro e fora do autódromo, cães, cavalaria, dois helicópteros, cinco drones e sistema de monitoramento por GPS.
Tomás Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas, também veio acompanhar a 19ª corrida da temporada de 2021 da Fórmula 1. O governador e o prefeito Ricardo Nunes dedicaram a realização do GP a Covas, que morreu em maio por complicações de um câncer. "Esse grande prêmio nós dedicamos ao seu pai", falou Doria.