Att. Srs. Assinantes,
A nota publicada anteriormente continha uma incorreção no primeiro parágrafo. Ao contrário do que constava, o índice DXY tocou menor valor desde abril de 2022, não em três meses. Segue versão corrigida:
O dólar operou hoje sob forte pressão de baixa, com o índice DXY atingindo menor nível desde abril de 2022 e o euro voltando à marca de US$ 1,11 pela primeira vez desde março de 2022. O movimento foi impulsionado pela desaceleração na inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que reduziu expectativas por mais aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) até o final do ano.
Por volta das 17h (de Brasília), o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 1,19%, a 100,521 pontos, após consolidar menor nível desde abril de 2022 na mínima intraday de 100,511 pontos.
Após abrir em queda, o dólar amargou perdas ante outras divisas ao longo do pregão, à medida que investidores digeriam dados sobre a inflação americana. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o índice de preços do consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 3,0% em junho e o núcleo subiu 4,8%, ambos na taxa anual e abaixo das expectativas de 3,1% e 5,0%, respectivamente, de analistas consultados pelo <b>Projeções Broadcast</b>.
Ainda no radar, o presidente da distrital do Fed de Richmond, Thomas Barkin, ressaltou o compromisso dos dirigentes em retornar a inflação à meta de 2% e observou que os preços crescem de maneira muito eleva nos Estados Unidos, de acordo com reportagem da <i>Bloomberg</i>.
Entre analistas, o consenso parece ser de que o arrefecimento nos preços não mudará os planos do Fed de elevar os juros em 25 pontos-base (pb) em julho. Contudo, o dado aumenta as exigências para nova alta em setembro, que "poderia ser adiada para novembro", avalia o Citi.
O mercado também manteve apostas para nova alta de 25 pb em julho, a faixa de 5,25% a 5,50%. Conforme ferramenta de monitoramento do CME Group, esta probabilidade era de 94,9% no horário citado. Porém, a precificação de mais elevações nos juros até dezembro diminuiu, em movimento que reforçou a chance majoritária (59,9%) de que a faixa de a faixa de 5,25% a 5,50% seja mantida até o final do ano.
Assim, moedas europeias se beneficiaram do diferencial nas expectativas de juros entre os Estados Unidos e a Europa, com mercados precificando que o Banco Central Europeu (BCE) manterá política restritiva por mais tempo, segundo o Convera. Este cenário elevou o euro ao seu maior nível desde março de 2022. No horário citado, o euro subia a US$ 1,1142 e a libra tinha alta a US$ 1,2993.
O dólar recuava a 138,40 ienes, em meio a especulações de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) poderá reajustar sua política de controla da curva de juros na reunião de política monetária de 28 de julho. De acordo com o ING, as expectativas crescem principalmente sobre a possibilidade de ajustes na faixa-alvo do título japonês (JGB) de 5 anos, o que considera um "pequeno passo" rumo a normalização das políticas. Para o Deutsche Bank, as especulações são responsáveis por levar o iene aos seus maiores níveis em cerca de dois meses.
Além disso, o dólar tinha queda a 1,3191 dólares canadenses, após o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) elevar suas taxas de juros em 25 pb, a 5,0%. Em relatório, o ING aponta que o movimento era amplamente esperado e sugere que será necessário um "significante arrefecimento" na atividade econômica e na inflação para impedir uma nova alta em setembro, o que poderia apoiar uma quebra do dólar abaixo de 1,30 dólares canadenses.