A cotação do dólar/iene mencionada na nota publicada na tarde desta segunda-feira (17) estava incorreta. No fim da tarde de ontem em Nova York, o dólar subia a 134,42 ienes, e não 131,42 ienes. Segue abaixo a nota corrigida, com a data original.
O dólar se valorizou nesta segunda-feira ante outras moedas principais, em quadro de aumento na chance de uma alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em maio, com indicadores em foco. Além disso, declarações de dirigentes do Fed e de outros grandes bancos centrais, enquanto o rublo russo era foco entre as divisas ligadas a commodities, apoiado por eventuais controles no câmbio que podem ser impostos por autoridades locais, de acordo com a imprensa russa.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 134,42 ienes, o euro recuava a US$ 1,0929 e a libra tinha baixa a US$ 1,2378. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,54%, a 102,103 pontos.
Na agenda de indicadores, o índice Empire State de atividade industrial no Estado de Nova York avançou de -24,6 em março a 10,8 em abril, na máxima desde julho de 2022 e bem acima da previsão de -15,0 dos analistas ouvidos pelo <i>Wall Street Journal</i>. Já o índice de confiança das construtoras dos EUA, medido pela Associação Nacional das Construtoras (NAHB, na sigla em inglês), subiu de 44 em março a 45 em abril, em linha com o esperado pelos analistas. Os dois indicadores apoiaram os ganhos do dólar durante a segunda-feira.
No monitoramento do CME Group, no fim desta tarde aumentava a 88,7% a chance de uma alta de 25 pontos-base (pb) nos juros pelo Fed em 3 de maio, de 78,0% na sexta-feira, com 11,3% de possibilidade de manutenção (de 22,0% na sexta-feira). O aperto monetário tende a apoiar o dólar. O BBH comentava que o dólar retomava fôlego, após perdas recentes, em meio a declarações de dirigentes do Fed e de indicadores. O presidente da distrital de Richmond do Fed, Tom Barkin, afirmou que quer ver mais evidências de que a inflação está retornando à meta de 2% nos EUA.
A Pantheon acredita que haverá alta de 25 pb nos juros em maio, mas o quadro de perda de fôlego no mercado de trabalho deve fazer o BC americano sinalizar o fim das altas de juros na reunião de junho, relaxando a política monetária até setembro. A consultoria diz esperar 75 pb de cortes nos juros até o fim deste ano.
Na Europa, Jon Cunliffe, dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), comentou que não há decisão final sobre uma libra digital. Mas para ele a alternativa pode ser "necessária, se as atuais tendências em pagamentos e em dinheiro… continuarem". Entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), a presidente da instituição, Christine Lagarde, descartou mudança na meta de inflação neste momento, e também disse não ver mudança no quadro de dominância do dólar e do euro, embora tenha mencionado riscos, como o fato de alguns países buscarem alternativas, como o yuan. Entre outros dirigentes do BCE, Martins Kazaks defendeu prudência nos próximos passos, em quadro de incerteza elevada na economia.
Entre outras moedas em foco, o dólar recuava a 81,933 rublos, no horário citado. A imprensa local informou que o governo russo estuda potencialmente impor mais controles cambiais, a fim de conter a volatilidade do rublo.
Na região, o dólar no mercado paralelo da Argentina renovou recorde histórico, segundo o jornal <i>Ámbito Financiero</i>, em quadro de dificuldades econômicas para o país, com inflação superando 100% ao ano e en quanto renegocia seu acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No paralelo, o chamado dólar blue avançava a 408 pesos no fim da tarde, e no oficial o dólar se valorizava a 216,4692 pesos argentinos.