O texto enviado anteriormente tem um erro no primeiro parágrafo. A publicação de Sampaoli foi feita neste domingo e não no sábado. Segue a versão corrigida:
O treinador do Flamengo, Jorge Sampaoli, usou as redes sociais na tarde deste domingo para se posicionar sobre a agressão feita por Pablo Fernandéz, membro de sua comissão técnica, ao atacante Pedro. Apesar de ter lamentado o caso de violência, o treinador argentino disse que não conseguiu dormir pensando em como ajudar Pedro e Pablo e também não confirmou se o preparador físico seguirá no Flamengo. O time ainda não se pronunciou sobre o caso.
"Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo", diz a nota escrita por Sampaoli.
Na coletiva de imprensa de Sampaoli após a vitória do Flamengo por 2 a 1 de virada sobre o Atlético-MG na noite de sábado, o assunto foi sumariamente ignorado. Segundo o site "Coluna do Fla", a falta de um posicionamento público do treinador argentino aliado a uma fraca justificativa de Sampaoli para os atletas dentro do vestiário causou um enorme mal-estar com os jogadores do clube carioca.
"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam", disse Sampaoli através de seu post no Instagram.
Pablo Fernandéz tem histórico de agressões. O preparador físico também já se envolveu em um caso de violência contra um torcedor. Isso aconteceu quando Fernandez integrava a equipe de Jorge Sampaoli no Olympique de Marselha, da França, em 2021. Ele também esteve com Sampaoli no Atlético-MG, Santos e Sevilla, além de ter passagens por Athletic Bilbao e Celta de Vigo, da Espanha, e OHiggins, do Chile. Em todos os clubes, Fernandéz atuou como preparador físico. No Flamengo, ele divide a função com o filho, Marcos Fernandez. A dupla tem a confiança do técnico Sampaoli e chegou ao clube em abril deste ano, junto do treinador.
Veja a declaração de Sampaoli na íntegra:
<i>"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.
A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.
Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.
Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.
Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo"</i>
ENTENDA O CASO
Segundo o portal ge, a agressão teria ocorrido no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Galo, se recusar a continuar o aquecimento depois que os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo foram escolhidos para entrar na partida.
"Poderia estar aqui falando dos escassos minutos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli", escreveu o jogador.